Washington, 19 abr (Xinhua) -- A Starbucks anunciou, nesta terça-feira, que fechará todas as suas lojas próprias nos Estados Unidos, na tarde de 29 de maio, para treinar os funcionários sobre como evitar a discriminação racial em suas lojas após a indignação sobre a prisão de dois homens afro-americanos em uma de suas cafeterias na semana passada.
Mais de 8.000 lojas serão fechadas e o treinamento será fornecido para cerca de 175.000 funcionários e incorporado ao treinamento da empresa daqui para frente, de acordo com a Starbucks.
O currículo será projetado "para abordar o preconceito implícito, promover a inclusão consciente, prevenir a discriminação e garantir que todos dentro de uma loja da Starbucks se sintam seguros e bem-vindos", disse a empresa em um comunicado.
A decisão veio depois que a rede de Seattle estava sendo criticada pela decisão de funcionários de uma de suas lojas na Filadélfia de chamar a polícia para dois homens afro-americanos quando eles não compraram nada e pediram para usar o banheiro.
Os dois homens foram informados de que não podiam usar o banheiro a menos que estivessem consumindo. Eles explicaram que estavam esperando por um amigo, que chegou mais tarde.
A polícia os prendeu e as imagens foram vistas milhões de vezes e provocaram ampla condenação.
O CEO da empresa, Kevin Johnson, pediu desculpas pelo incidente e a gigante do café confirmou que o funcionário da Filadélfia que ligou para a polícia não está mais na empresa.
"Embora isso não seja limitado à Starbucks, estamos comprometidos em fazer parte da solução", disse Johnson. "Fechar nossas lojas para treinamento de preconceito racial é apenas um passo em uma jornada que exige dedicação de todos os níveis de nossa empresa e parcerias em nossas comunidades locais."