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China totalmente preparada para normalização da política monetária de outras importantes economias

Fonte: Xinhua    12.04.2018 08h35

Boao, Hainan, 12 abr (Xinhua) -- A China está bem posicionada para manter sua política monetária prudente e "totalmente preparada" para a normalização da política monetária em outras importantes economias, disse nesta quarta-feira o presidente do banco central chinês, Yi Gang, na conferência anual do Fórum Boao para a Ásia (FBA).

O Banco Popular da China (BPC) já previu as medidas tomadas pelas principais economias para diminuir seus balanços e está, deste modo, totalmente preparado para a normalização da política monetária, disse Yi Gang.

Yi assinalou que a política monetária da China tem sido prudente e neutra e que nenhuma flexibilização quantitativa ou taxa de juros zero foi adotada.

"Estamos bem posicionados para continuar com a política prudente. Quando outros países começarem a normalização da política monetária, seguiremos nossa abordagem prudente", afirmou.

Citando os rendimentos dos bônus do governo de dez anos nos mercados chinês e norte-americano como um exemplo, Yi disse que a diferença entre as taxas de juros nos dois mercados, que também incluem as taxas de overnight e de sete dias, permaneceu em uma faixa confortável.

"Pensamos que nossa política monetária e a disparidade entre as taxas de juros são no geral estáveis, o que é favorável para o desenvolvimento econômico da China", explicou.

Falando da reforma baseada no mercado para as taxas de juros, o chefe do banco central disse que "as melhores táticas" são unificar gradualmente o sistema duplo de taxas de juros do país e deixar o mercado desempenhar o papel decisivo.

Sob o sistema duplo, existe uma taxa de juros de referência para os empréstimos e poupança dos bancos comerciais, enquanto as taxas no mercado monetário são totalmente decididas pelo mercado.

Ao comentar sobre a relação dívida/PIB da China, Yi disse que a tarefa primária do banco central é manter o nível de dívidas estável.

A segunda tarefa é otimizar mais a estrutura das dívidas do país e manter um equilíbrio entre as dívidas do governo, das companhias e das pessoas físicas. A terceira é tornar a taxa de alavancagem total do país mais razoável, segundo Yi.

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