Beijing, 27 mar (Xinhua) -- A China defendeu na segunda-feira sua política de proibição das importações de resíduos sólidos depois que um funcionário norte-americano expressou preocupação de que a proibição possa causar uma ruptura fundamental nas cadeias globais de fornecimento de sucata.
"As preocupações não são razoáveis nem têm base legal", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em uma entrevista coletiva em resposta a uma declaração do representante dos EUA no Conselho para o Comércio de Bens da Organização Mundial do Comércio (OMC), na última sexta-feira.
De acordo com as reportagens midiáticas, o funcionário dos EUA disse na reunião que as restrições da China sobre a importação de produtos reciclados causaram uma ruptura fundamental nas cadeias de fornecimento globais de sucata, o que poderia causar mais descarte em vez de reutilização produtiva.
"É muito hipocrisia dos EUA dizer que a China está violando seu dever na OMC", afirmou Hua. Ela ressaltou que se os Estados Unidos consideram legítimo restringir as exportações de produtos de alta tecnologia e de alto valor agregado, a proibição da China às importações de resíduos estrangeiros também não deveria ser considerada ilegal.
"Restringir e proibir as importações de resíduos sólidos é uma medida importante que a China adotou para implementar o novo conceito de desenvolvimento, melhorar a qualidade ambiental e proteger a saúde das pessoas", assinalou a funcionária.
Hua disse que de acordo com a Convenção de Basileia para o Controle dos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Disposição, todos os países têm o direito de proibir a entrada de resíduos perigosos e outros tipos de lixo.
"Esperamos que os EUA possam reduzir e controlar seus próprios resíduos perigosos e outros tipos de lixo e assumir mais responsabilidades e obrigações", disse Hua