Agricultores de soja dos EUA dizem "não" a guerra comercial com a China

Fonte: Xinhua    26.03.2018 08h19

Chicago, 26 mar (Xinhua) -- Os cultivadores de soja dos Estados Unidos expressaram sua profunda preocupação e oposição às tarifas impostas pelo governo de Trump nas importações procedentes de seu maior parceiro comercial, China, temendo que a medida unilateral pode prejudicar seus meios de vida.

O presidente Donald Trump assinou na quinta-feira um memorando que poderá impor tarifas sobre até US$ 60 bilhões de importações da China, uma medida que indubitavelmente provocará retaliação da China.

A Associação de Soja Americana (ASA) emitiu imediatamente uma nota, descrevendo a medida como "extremamente frustrante" em um momento em que a renda das fazendas já caiu quase 50% em relação a 2013.

"Diversos relatórios indicam que os chineses colocarão justamente sojas dos EUA em sua lista de retaliação, e essa decisão põe os agricultores de soja em todo o país em perigo financeiro", disse o presidente da ASA, John Heisdorffer, na nota.

"Há uma luta real na agricultura para manter tudo em ordem no momento", acrescentou. "É extremamente frustrante que o governo tem como alvo o nosso maior parceiro comercial."

A ASA reiterou sua "preocupação significativa" sobre a possibilidade de a China retaliar contra sojas dos EUA, pois o país asiático é o maior comprador de sojas dos EUA, consumindo quase um terço da produção dos EUA, no valor de US$ 14 bilhões anualmente.

Enquanto isso, Heisdorffer assinalou que a agricultura americana tem "tremendo potencial" para melhorar a balança comercial com a China.

"Sojas podem liderar este crescimento na China, que deve aumentar significativamente as importações de soja nos próximos dez anos. Devemos discutir ações que façam crescer este importante mercado, em vez de arriscar perdê-lo", disse Heisdorffer.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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