O Partido Comunista da China (PCCh) está reavivando o socialismo através de reformas e da inovação, defenderam especialistas na quarta-feira, marcando o 170º aniversário da primeira publicação do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels.

"Os valores, ideias, missão, teoria, metodologia e princípios do Manifesto Comunista serão sempre as coordenadas de origem", pode ler-se num artigo de Li Haiqing, professor do Instituto de Marxismo sob a Escola do Partido do Comitê Central do PCCh.

O socialismo com características chinesas encontrará certamente novos problemas e novos desafios, "por isso precisamos continuar usando o princípio da metodologia básica do manifesto" como guia e promover a combinação do marxismo e da realidade concreta do desenvolvimento da China, refere um artigo publicado pelo Guangming Daily, um jornal afiliado ao PCCh, na quarta-feira.

Várias organizações do partido e meios de comunicação publicaram artigos para comemorar a publicação do manifesto. Mais de 40 estudiosos do marxismo, incluindo da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS), da Universidade de Beijing, da Universidade Tsinghua, da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh e da Universidade Renmin da China, entre outras, participaram de um seminário realizado pela ACCS em Beijing.

"Após a Guerra Fria, a influência do socialismo diminuiu em todo o mundo, e o mundo ocidental passou a considerar o socialismo como um fracasso. Mas devido ao sucesso do socialismo com características chinesas, o socialismo foi reavivado na China", afirmou Song Luzheng, investigador do Instituto da China da Universidade Fudan.

O estudantes chineses são ensinados na escola sobre como o socialismo deu uma nova vida à China, transformando-a de um país pobre, fraco e subdesenvolvido em um país industrializado, moderno, poderoso e forte, explicou Song, acrescentando que a China está também revivendo o socialismo através da inovação e da reforma.

O presidente chinês Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do PCCh, disse no 19º Congresso Nacional em outubro de 2017 que a cultura do socialismo com características chinesas "oferece uma nova opção para outros países e nações que querem acelerar o seu desenvolvimento, preservando a sua independência".