China reitera princípio de não primeiro uso de armas nucleares

Fonte: Xinhua    19.02.2018 14h44

Munique, Alemanha, 18 fev (Xinhua) -- Uma diplomata chinesa de alto escalão disse no sábado que a China está comprometida com o princípio de não primeiro uso de armas nucleares, expressando, durante a Conferência de Segurança de Munique (CSM), as preocupações com o perigo do atual desenvolvimento nuclear.

"A China mantém um arsenal nuclear muito pequeno e segue a política de autodefesa e dissuasão mínima", disse Fu Ying, uma diplomata veterana e agora presidente do Comitê das Relações Exteriores da Assembleia Popular Nacional (APN), o mais alto órgão legislativo da China.

"A China está comprometida também com o princípio de não primeiro uso de armas nucleares e de não uso de armas nucleares contra nenhum país nuclear sob nenhuma circunstância e de não uso de armas nucleares contra nenhuma zona livre de armas nucleares", acrescentou.

Fu fez as declarações em uma discussão em grupo na CSM sobre a segurança nuclear, em relação à qual alguns participantes expressaram suas preocupações com a atual proliferação nuclear.

"Compartilho e expresso a preocupação sobre o perigo, sobre o risco do desenvolvimento nuclear", assinalou Fu, acrescentando que até agora, depois de muitas décadas, o mundo conseguiu prevenir uma grande guerra nuclear, mas evidentemente os desafios e perigos estão aumentando.

A funcionária disse que é importante que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas -China, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França- devem continuar com seus esforços e continuar assumindo a responsabilidade de manter a estabilidade estratégica global, proteger o regime de não-proliferação e continuar com o desarmamento nuclear.

A China também apoia o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), acrescentou Fu.

A funcionária pediu também esforços para atualizar a governança da segurança global.

"Precisamos pensar sobre como melhorar a governança da segurança global para que reflita essa economia global altamente integrada", disse Fu.

"A China apoia e defende a ideia de seguranças comuns para todos", assinalou Fu, enfatizando que a China propõe e está comprometida com a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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