Beijing dá as boas-vindas a secretário da Defesa dos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    26.01.2018 13h11

A China irá receber uma visita do secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, durante a primeira metade de 2018, segundo um porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano na quinta-feira.

Os departamentos da defesa de ambos os países têm mantido comunicações para facilitar a visita, segundo o coronel Wu Qian, porta-voz do Ministério de Defesa da China.

A porta-voz do Pentágono, Dana White, disse na semana passada que Mattis está planejando uma visita à China durante a primavera. Será a primeira visita à China em 4 anos para o oficial americano.

Os comentários de Wu surgem em meio a uma série de ações do exército americano interpretadas de modo “não amigável” pela China na semana passada. Estas incluíram a categorização da China como “ameaça central” para os EUA, a entrada de navios americanos nas águas que circundam ilhas chinesas no Mar do Sul da China, e o fato de Harry Harris, chefe do Comando Pacífico dos EUA descrever a China como “disruptiva” na região do Indo-Pacífico.

Em resposta aos comentários de Harris, Wu disse, “a China tem sido e será sempre um construtor da paz mundial, contribuinte para o desenvolvimento global e protetor da ordem internacional”.

“A única coisa que a China pretende perturbar é o pensamento hegemônico e a mentalidade da Guerra Fria que aflige a mente de algumas pessoas”, acrescentou. Alguma imprensa estrangeira avança também que a China está construindo uma base militar no Afeganistão para hiperbolizar uma ameaça militar chinesa, referiu Wu, criticando esses relatos como “completamente infundados”.

Mattis está de visita ao sudeste da Ásia para reforçar a cooperação militar dos EUA com países em torno do Mar do Sul da China, de acordo com relatos. Alguns analistas acreditam que se trata de uma tentativa dos EUA de dispersar os países da ASEAN da influência chinesa.

“A cooperação militar deverá ajudar na paz e segurança regionais, não ir contra elas”, asseverou Wu.

“Uma relação militar saudável entre a China e os EUA é benéfica para os povos de ambos os países e para a paz e segurança regionais”, afirmou.

Um exemplo da comunicação entre os dois países é a linha telefônica estabelecida pelos ministérios da Defesa de ambos os países em 2008. “A China e os EUA realizaram com sucesso várias chamadas através dessa linha”. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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