
A população de Beijing diminuiu em 2017 - a primeira vez em 17 anos - como resultado das medidas de realocação das funções não capitais para fora da cidade e de um melhor gerenciamento urbano, revelaram as autoridades locais na sexta-feira.
A capital tinha 21,7 milhões de residentes permanentes no final do ano passado, 22 mil a menos do que em 2016 — uma queda de 0,1% em termos anuais, de acordo com o Bureau de Estatísticas de Beiing.
A taxa de crescimento da população de Beijing tem vindo a cair desde 2011.
Pang Jiangqian, porta-voz do bureau, disse que o crescimento negativo em 2017 está de acordo com o planejamento do desenvolvimento da cidade.
"À medida que o fosso de desenvolvimento entre as áreas rurais e urbanas tem diminuído, graças à contínua urbanização, algumas províncias e cidades testemunharam o regresso dos seus habitantes. Ao mesmo tempo, a velocidade com que a população se muda para as grandes cidades está diminuindo", afirmou a porta-voz.
Pang acrescentou que Beijing está deslocando as funções não essenciais, incluindo mercados de manufatura, logística e atacadistas, e que a consequente mudança de indústrias de mão-de-obra intensiva afetou igualmente a população residente.
De acordo com os dados da agência, de entre os 21,7 milhões de residentes permanentes em Beijing, 18,8 milhões de pessoas vivem em distritos urbanos e o resto em áreas rurais.
Cerca de 10% da população tem 14 anos ou menos, 73% tem idades compreendidas entre os 15 e os 59 anos e 16,5% tem uma idade superior ou igual a 60 anos.
De acordo com os planos do governo da cidade, Beijing objetiva reduzir a sua população para 23 milhões até 2020, número que será mantido por um longo período, por forma a garantir o equilíbrio entre pessoas e recursos hídricos.
A capital tem enfrentado vários problemas devido ao rápido desenvolvimento, incluindo o congestionamento do tráfego e a poluição atmosférica. Os serviços públicos, como educação e assistência médica, não têm capacidade de resposta para a crescente demanda por parte da população em crescimento.
O Livro Azul de Trabalhos Sociais em Beijing, publicado em setembro pela Universidade de Tecnologia de Beijing, Comitê de Trabalhos Sociais de Beijing e Imprensa da Academia de Ciências Sociais, revela que os esforços para realocar as funções não capitais para fora da cidade têm contribuído para as mudanças na população
Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online