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Congresso do PCCh aumenta oportunidades de cooperação entre China e América Latina, diz embaixador

Fonte: Xinhua    04.01.2018 10h41

Buenos Aires, 4 jan (Xinhua) -- O 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) fomentou "novas oportunidades para a cooperação entre a China e a América Latina", disse na terça-feira um diplomata chinês.

Depois do congresso realizado em outubro em Beijing, "haverá um impulso maior para a cooperação sino-latino-americana", disse o embaixador da China na Argentina, Yang Wanming, em um editorial publicado terça-feira no maior jornal da Argentina, o Clarín.

Nos próximos 15 anos, a China deve importar bens no valor total de US$ 24 trilhões de outros países, incluindo a América Latina, e investir US$ 2 trilhões em outros países, como os na região, disse Yang.

Em outras palavras, a crescente demanda da China por bens de qualidade impulsionará as exportações da América Latina.

Os dados do Ministério do Comércio chinês mostraram que o comércio bilateral China-América Latina atingiu US$ 166,78 bilhões nos primeiros oito meses de 2017, um aumento anual de 18%.

Enquanto a demanda dos consumidores chineses estimula o comércio, sua capacidade produtiva forte pode ajudar a atender às necessidades dos países latino-americanos, que carecem de infraestrutura, integração e competitividade produtiva.

"Ambos os lados podem tirar um maior proveito dessas oportunidades de forma que o mercado, o capital e as vantagens tecnológicas da China possam injetar força no desenvolvimento sustentável da América Latina", disse Yang.

Ele assinalou que a inovação se tornará "a força motriz principal do desenvolvimento" da China, dizendo que a aplicação de novas tecnologias na economia real, como a internet, big data e inteligência artificial, será promovida ainda mais.

Outro foco será promover o desenvolvimento de indústrias ecológicas para proteger o ambiente, indicou.

"Devemos intensificar nossos intercâmbios com a América Latina em pesquisa tecnológica, treinamento de recursos humanos, uso de energia renovável, gestão ambiental e segurança ecológica, entre outras novas áreas", acrescentou.

Com isso em mente, a China "abrirá espaço para uma coordenação estratégica mais profunda", enfatizou, observando que o 19º Congresso Nacional do PCCh apontou que "a meta geral da política externa da China nesta nova era é construir um novo tipo de relações internacionais para uma comunidade de destino comum".

Para tal fim, a China "participará e promoverá ativamente a globalização econômica e perseverá na abertura", comentou.

"A China e a América Latina podem promover até mais sua coordenação na reforma financeira internacional, G20, BRICS, cooperação da Ásia-Pacífico, mudança climática e segurança alimentar, para defender os interesses comuns destes países", detalhou.

Em 2018, os dois lados estarão aguardando "uma agenda rica de cooperação" em um ano quando importantes fóruns bilaterais, como a segunda reunião ministerial entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a Cúpula do G20, serão realizados na América do Sul.

A China comemorará o 40º aniversário de sua reforma e abertura este ano e realizará sua primeira Exposição de Importação Internacional, projetada para dar ímpeto à iniciativa de desenvolvimento mundial apresentada pela China.

"Espero que ambos os lados se beneficiem destas agendas comuns fortalecendo a cooperação e juntando forças seguindo o desenvolvimento abrangente dos laços sino-latino-americanos", disse Yang.

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