Por Zhao Cheng, Diário do Povo
No final do mês de dezembro, Wang Yi, o chanceler chinês dedicou algum tempo da sua agenda para conceder algumas declarações aos jornalistas do Diário do Povo, em especial à atenção mundial depositada sobre os resultados do 19º Congresso Nacional.
Tais resultados, refere o chanceler, repercutem-se diretamente sobre a comunidade internacional e na sua forma de olhar a China, sendo que esta está atravessando um período de “mudanças importantes”.
Wang Yi afirmou que o reconhecimento da comunidade internacional perante o caminho escolhido pela China é agora “ainda maior”.
Cada vez mais países estão conscientes de que a via do Socialismo com Características Chinesas não garantiu meramente o alcance de avanços históricos a nível doméstico na China. Com efeito, as teorias e práticas desta via refletiram-se também nos avanços e progressos mundiais.
Perante tal cenário, Wang Yi extrai o corolário de que cada país deve ter a liberdade para escolher de forma autónoma o seu modo mais adequado de desenvolvimento, em função do seu caráter nacional. Deverá ser evitável, por conseguinte, seguir de forma cega outros métodos, e, mais ainda, dar ouvidos a provocações de países terceiros.
Wang Yi enfatizou que, de modo a encarar um mundo em permanente convulsão, a China, enquanto persiste na manutenção do seu ritmo de desenvolvimento doméstico, tem vindo a considerar também teorias e medidas de impulsionar a paz e o desenvolvimento mundiais através de medidas concretas. A comunidade internacional, por seu turno, ambiciona que a China, que deu agora entrada na sua Nova Era, possa ascender a novos patamares enquanto “motor da globalização” e “estabilizador” da paz mundial.
O chanceler chinês referiu ainda que o 19º Congresso Nacional ambiciona dar continuidade à abertura económica da China. A promoção da iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota” consiste num elemento estratégico para esse fim.
A iniciativa do Cinturão e Rota dá lugar a uma grande margem de cooperação e partilha de benefícios entre a China e os vários países participantes. O mundo segue agora de perto as perspetivas de desenvolvimento chinês, bem como as oportunidades que daí possam advir. O fortalecimento da relação de cooperação com a China é, cada vez mais, um consenso partilhado pela comunidade internacional.