Cidade do México, 22 dez (Xinhua) -- Após mais de uma década de declínio, a pobreza na América Latina está novamente em ascensão, impulsionada em parte pelas crises econômicas na Venezuela e no Brasil, de acordo com um relatório divulgado por uma agência da ONU na quarta-feira.
Após 12 anos de queda nos números, a taxa de pobreza aumentou dois anos seguidos, crescendo 29,8% em 2015 e 30,7% em 2016, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU.
O relatório da CEPAL, intitulado "Panorama social da América Latina 2017", diz que o número de pessoas na região que vivem na pobreza está agora em 186 milhões, incluindo 61 milhões em pobreza extrema.
Espera-se que 2017 tenha uma taxa semelhante no aumento da pobreza até 2016, mas com mais de um milhão de habitantes que sofrem de pobreza, devido ao crescimento demográfico.
No entanto, o aumento não é para todos, com uma grande maioria de países fazendo melhorias, disse a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.
"Por que isso está aumentando na região? Basicamente, é devido a dois países, a República Bolivariana da Venezuela e o Brasil," disse Bárcena a jornalistas em conferência de imprensa nos escritórios da CEPAL na Cidade do México.
Muitos outros países da região registraram uma diminuição da taxa de pobreza desde 2014. A pobreza aumentou ligeiramente no Paraguai, El Salvador e Equador, de acordo com o relatório.