Istanbul, 14 dez (Xinhua) -- Espera-se que líderes e altos funcionários de países muçulmanos realizem uma cúpula extraordinária nesta quarta-feira em Istambul, Turquia, em resposta a uma decisão dos EUA de reconhecer Jerusalém como a capital israelense.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu pela sessão extraordinária da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), como presidente da organização, para produzir uma posição islâmica unificada.
O líder turco foi um dos maiores críticos da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que também inclui começar imediatamente o processo de transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.
"Declarar (Jerusalém) como uma capital e transferir a embaixada (dos EUA) não têm validade para nós," disse Erdogan.
Dirigindo-se a uma reunião do partido de justiça e desenvolvimento na cidade de Sivas, no centro de Anatólia, no domingo, ele também chamou Israel de "um estado terrorista e de ocupação".
Israel tomou Jerusalém Oriental, reverenciada pelos muçulmanos como o terceiro sítio mais sagrado do Islã, durante a guerra de 1967 e declarou unilateralmente a cidade inteira como sua capital eterna.
No entanto, esse movimento nunca foi aceito pela comunidade internacional, que pediu o alcance de uma solução definitiva da disputa através de negociações de paz entre israelenses e palestinos.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, criticou na terça-feira alguns países árabes por "se absterem de criticar Trump," observando que a cúpula da OCI está buscando o reconhecimento do Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital.
A maioria dos membros da OCI deve participar, incluindo o presidente palestino, o presidente iraniano, o presidente libanês e o rei da Jordânia.
Antes da Cúpula, o presidente turco se reuniu na terça-feira com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Istambul. A reunião de portas fechadas durou uma hora, e nenhuma declaração foi feita depois disso, de acordo com a mídia turca.
A OCI é a segunda maior organização intergovernamental depois das Nações Unidas com uma participação de 57 estados espalhados por quatro continentes.
O anúncio de Trump sobre a cidade disputada provocou dias de violentos confrontos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, bem como protestos em outros países árabes. Vários foguetes foram disparados de Gaza para Israel nos últimos dias.
De acordo com um funcionário da saúde em Gaza, os confrontos entre manifestantes palestinos e soldados israelenses continuaram na terça-feira nas áreas fronteiriças entre Gaza e Israel, com cinco pessoas moderadamente feridas por balas até agora.
