Beijing, 29 nov (Xinhua) -- Um conselheiro do banco central da China disse nesta terça-feira que o país deve estabelecer um objetivo moderado para o crescimento econômico no próximo ano para dar mais espaço à reforma estrutural.
A economia da China manteve crescimento estável e perspectiva positiva neste ano, com muitos pontos brilhantes surgindo, disse Bai Chongen, professor da Universidade Tsinghua e membro do comitê de política monetária do banco central, em um fórum.
Enquanto algumas pessoas advocam um objetivo mais alto do crescimento do PIB para o ano de 2018, Bai disse que um objetivo levemente mais baixo é necessário para controlar o investimento ineficiente e reduzir o risco da crescente dívida.
"Pessoalmente, apoio uma meta de crescimento levemente mais baixa e moderada, para que tenhamos mais espaço para realizar a reforma estrutural", disse ele durante a discussão de painel na Conferência Anual de Caijing.
O governo chinês estabeleceu o objetivo de crescimento do PIB em cerca de 6,5% para 2017. Espera-se que a meta de 2018 seja anunciada durante a sessão anual do legislativo nacional em março do próximo ano.
"Para alcançar o objetivo oficial de dobrar o PIB até 2020 em relação a 2010, o país precisa apenas uma taxa média de crescimento de 6,3% nos próximos três anos", assinalou Bai.
O acadêmico falou de rápidas expansões em investimento de baixa eficiência e crescentes taxas de dívida nos veículos governamentais de financiamento locais.
A busca por um objetivo de crescimento mais alto pode alentar as indústrias modernas a continuar com a expansão e causar nova capacidade excessiva, advertiu Bai.
Ao mesmo tempo, a demanda do consumo permanece branda, que precisa mais medidas para aumentar a receita disponível dos residentes e estimular o gasto, disse ele.
A economia chinesa expandiu 6,8% anualmente no terceiro trimestre, nível mais baixo em relação aos 6,9% no segundo trimestre. O crescimento nos primeiros três trimestres chegou a 6,9%.
O governo chinês está tentando mudar para um crescimento econômico sustentável motorizado mais pela tecnologia e consumo e menos pelo investimento fomentado pela dívida e de nível inferior.
