O primeiro-ministro Li Keqiang discursa durante um fórum econômico que contou com a participação de 16 líderes da Europa Central e Oriental, na segunda-feira, em Budapeste. O primeiro-ministro húngaro Orban Viktor (centro) e o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borisov, também falaram.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirmou, na segunda-feira, que a China aumentaria as importações agrícolas dos países da Europa Central e Oriental e proporcionaria maior apoio financeiro aos projetos de cooperação entre China e a CEEC (Committee of European Economic Co-operation).
Li fez tais afirmações durante o sétimo Fórum Econômico e Comercial da China-CEEC, que atraiu mais de mil empresários à capital da Hungria, Budapeste.
A China quer importar mais produtos agrícolas como carne e produtos lácteos, mel e frutas, disse Li.
"No próximo ano, uma exposição de importação será organizada pela China, e ... Espero que as nações da Europa Central e Oriental participem e conquistem os consumidores chineses", afirmou.
Li reiterou que o financiamento deve ser expandido. A China apoia o financiamento de projetos cooperativos por instituições financeiras comerciais e apoia empresas de países da CEE que emitam títulos panda na China, disse. Títulos panda são obrigações lançadas no mercado de capitais da China por instituições estrangeiras.
Li anunciou também o estabelecimento de um consórcio de bancos China-CEEC, ao qual o Banco de Desenvolvimento da China concederá empréstimos no valor de 2 bilhões de euros (2,4 bilhões de dólares).
Li informou que uma segunda rodada do Fundo de Cooperação para o Investimento China-Europa Central e Oriental, iniciada pelo Banco Industrial e Comercial da China no ano passado, foi concluída para arrecadar 1 bilhão de dólares. O fundo investirá principalmente em países da CEE.
Nos últimos cinco anos, a cooperação China-CEEC registrou conquistas que beneficiam os povos das partes envolvidas, relembrou Li na sua chegada no domingo. Como parte dos laços China-Europa, a cooperação China-CEEC promoveu o desenvolvimento de países na sub-região, desenvolvimento equilibrado para toda a Europa e o processo de integração do continente, acrescentou.
O ministro do Comércio, Zhong Shan, disse que o primeiro fórum foi realizado em Budapeste há seis anos e o evento tem desempenhado um papel vital no fortalecimento dos laços econômicos e na promoção da cooperação no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que discursou também no fórum, afirmou que os países europeus precisam agora de apoio tecnológico e financeiro da China e da Ásia, e o mecanismo China-CEEC, também conhecido como "16 + 1", beneficiará a UE e toda a Europa. Orban disse ainda que as grandes empresas na Ásia estão participando cada vez mais do mercado ocidental com tecnologias de primeira classe, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento das nações da CEE.
Wang Yiwei, professor de estudos internacionais na Universidade Renmin da China, explicou que os países da Europa Central e Oriental ainda estão em processo de mudança de economias socialistas para economias de mercado e querem atrair mais investimentos da China.
Investir na região também proporcionará oportunidades para a China de entrar no mercado da Europa Ocidental, acrescentou. Além disso, a cooperação "16 + 1" é um destaque na cooperação com o Cinturão e Rota, e a iniciativa promoverá uma cooperação significativa dos "16 + 1", concluiu.