
SHANGHAI, 28 de nov (Diário do Povo Online) - Shangai está planejando construir um salão memorial do Julgamento de Tóquio em 2018, como base educacional sobre a história da Segunda Guerra Mundial e da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa.
O Julgamento de Tóquio, também conhecidos como o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, foi um julgamento convocado no dia 29 de abril de 1946 para julgar os líderes do império japonês pelos crimes de "Classe A", realizado pelos países aliados, incluindo a China, os EUA, União Soviética e Reino Unido.
O próximo ano marca o 40º aniversário da assinatura do Tratado de Paz e Amizade entre o Japão e a China e o 70º aniversário do Julgamento de Tóquio, por isso, o plano de construção do salão memorial atraiu as atenções da China e do Japão.
Cheng Zhaoqi, diretor do Centro de Estudos do Julgamento de Tóquio na Universidade Jiaotong de Shangai, disse ao jornal Global Times que "o Julgamento de Tóquio não é como outros incidentes durante a guerra, mas um resumo dos crimes de guerra cometidos pelo Japão contra a humanidade da comunidade internacional".

Este resumo iniciou o retorno do Japão à comunidade internacional, mas, infelizmente, muitos políticos japoneses tentaram negá-lo e derrubá-lo nos últimos anos, afirmou Cheng.
Segundo a reportagem publicada pela imprensa japonesa Kyodo News no sábado, a China planeja construir o salão memorial em Shanghai. Cheng revelou à Kyodo News que o governo municipal está escolhendo um lugar para a construção e, além de documentos e fotos relevantes, uma enorme pintura a óleo de juízes, procuradores e criminosos de guerra também será exposta no salão.
Os direitistas japoneses consideram o julgamento "injusto" para o Japão e "uma vingança dos vencedores da guerra", de acordo com a Kyodo News. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse em 2013 que é "um julgamento feito pelo vencedor contra o perdedor".
Internautas chineses elogiaram o plano. Um comentário feito pelo internauta, Zhang Pei, foi o mais curtido no WeChat. Zhang disse que "além deste salão, devemos construir monumentos em homenagem às ‘mulheres de conforto’ em todas as cidades chinesas".
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