Renato Mosca, embaixador brasileiro na Eslovénia, convidado a participar na Cimeira dos Think Tanks da China e dos Países de Língua Portuguesa, em Macau, realizou um discurso onde elabora sobre a relação sino-brasileira, entre outras temáticas de relevo da atualidade mundial.
Com efeito, o diplomata começa por destacar que “a globalização é uma realidade”, e que o seu aprofundamento depende da “integração”. O processo de integração, refere, “requer planejamento, dedicação e tempo”, sendo que o produto final, afiança, “promove a aproximação e a afinidade, a tolerância, a paz e o bem comum”.
A China “demonstra compromisso com a integração. Com a aproximação dos povos e com a promoção de elos firmes e duradouros”, frisou.
A iniciativa chinesa “Um Cinturão, Uma Rota”, é, para o diplomata, uma iniciativa promissora, na medida em que “criará grandes avanços econômicos, pois facilitará os fluxos comerciais. Mas não só. Também trará dividendos políticos, culturais e sociais,ao permitir a circulação de pessoas, conhecimentos, tecnologias, ideias e visões do mundo cada vez mais integradas e globais”.
Entre os indicadores representativos da globalização, refere, a construção de infraestruturas, atividade diretamente relacionada com o investimento direto estrangeiro, é um parâmetro destacado. “Investimentos em infraestrutura jamais serão desperdícios de dinheiro. Eles estabelecem os vínculos físicos entre os países”, realça.
Renato Mosca chamou ainda a atenção para “um novo elemento” proeminente no desenvolvimento mundial, a inovação: “produzir e comercializar bens e serviços tornaram-se atividades crescentemente dependentes do conhecimento, da criação, da criatividade”, ressaltou.
Por fim, o embaixador destacou o momento áureo que atravessam as relações sino-brasileiras, desde 2012 a um nível de parceria estratégica global. “A demanda de produtos brasileiros da economia chinesa cresce ao mesmo ritmo da sua pujança”.
“Temos projetos conjuntos no campo da alta tecnologia e miramos o futuro com otimismo”, afirmou, aludindo ao fato da América Latina ser o segundo maior destino de investimento direto chinês, superado apenas pelo investimento direto na Ásia.
O embaixador assumiu também recentemente o cargo de Presidente Honorário da Associação de Estudos Brasileiros em Macau.