Presidente Temer afirma que a antiga lei trabalhista do país impedia a criação de novos empregos

Fonte: Xinhua    17.11.2017 15h20

Brasília, 17 nov (Xinhua) -- O presidente brasileiro Michel Temer defendeu na quinta-feira a reforma trabalhista que entrou em vigor sábado passado e afirmou que a legislação antiga impedia a criação de novos empregos.

"Quando fizemos a modernização das leis trabalhistas foi para atingir todo o empreendedorismo porque a lei trabalhista estava colocada de uma maneira que impedia a criação de novos empregos", disse Temer na abertura em Brasília da Semana Global de Empreendedorismo, que acontece anualmente em uns 150 países.

"Basta mencionar, por exemplo, o trabalho intermitente que era informal e hoje está formalizado. A pessoa terá a carteira assinada", acrescentou.

Segundo Temer, "essas (novas medidas) já tinham sido pensadas no passado, mas, porque eram ousadas, ninguém levou adiante. Nos ousamos, levamos adiante", destacou.

Sem citar a reforma da Previdência Social, que encontra resistências para sua aprovação no Congresso maiores do que as polêmicas surgidas no casa da reforma trabalhista, Temer enfatizou que o governo geralmente sofre muita resistência para realizar reformas estruturais e comentou que "é natural qualquer reforma gerar controvérsias, muitas vezes, resistência".

Para reforçar suas palavras, o presidente fez uma analogia com a realização de reformas em casa: "os primeiros momentos serão momentos de transtorno, é a poeira, é o cimento. Mas com a reforma feita, a casa se transforma em uma coisa extremamente saudável, agradável. Depois, as pessoas aplaudem e comemoram".

A reforma trabalhista, que continua gerando protestos dos trabalhadores em todo o país, permite que os acordos entre empresas e empregados prevaleçam sobre a lei vigente, institui o trabalho intermitente, o fracionamento das férias e regulamenta o trabalho em casa (home office), entre outras alterações.

A nova legislação terminou com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o conjunto de leis que tinha sido aprovado na década de 1940 durante o governo Getúlio Vargas e que, desde então, regulamentava as relações entre o capital e o trabalho no Brasil. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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