SHANGHAI, 9 de nov (Diário do Povo Online) - A administração da Ctrip, uma agência de viagens online, apresentou um pedido de desculpas pelo abuso de crianças no infantário da empresa, prometendo continuar a apoiar a polícia nas investigações do caso.
"Em nome da empresa, peço as minhas sinceras desculpas às famílias e crianças envolvidas", disse Sun Jie, a CEO da Ctrip.
"A empresa assumirá todas as responsabilidades e garantirá os exames físicos, bem como a intervenção psicológica necessária para as crianças e suas famílias", disse Sun.
"A Ctrip reforçará também a supervisão do infantário", acrescentou.
De acordo com Sun, a Ctrip fundou uma equipe de investigação, a qual inclui representantes dos pais e da própria CEO. A equipa planeja analisar todas as filmagens de vigilância capturadas nos últimos três meses.
A polémica instaurou-se após um vídeo filmado no infantário da Ctrip se ter tornado viral nas redes sociais, no dia 6 de novembro.
Os professores foram filmados vestindo ou tirando as roupas das crianças de forma violenta.
Algumas das crianças caíram e bateram com a cabeça em uma mesa.
Os encarregados forçaram inclusive algumas crianças a engolir mostarda, chorando incessantemente.
A Ctrip chamou a polícia no dia 7 de novembro. Segundo a investigação, as vítimas envolvidas no caso têm idades compreendidas entre 18 a 24 meses.
As pessoas envolvidas no incidente incluem uma funcionária de limpeza, uma educadora de infância e uma professora.
O responsável pelo infantário é também acusado de negligência.
As quatro pessoas envolvidas no caso foram já levadas para a estação de polícia de Beixinjing, em Shanghai, para investigação, tendo a Ctrip posto termo aos seus contratos.
Todas as aulas no infantário foram entretanto suspensas.