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Big data e inteligência artificial ajudam em reformas judiciais chinesas

Fonte: Xinhua    02.11.2017 15h37

Beijing, 2 nov (Xinhua) -- Os juízes e promotores públicos chineses estão usando as últimas tecnologias da informação --desde o big data e computação em nuvem até a inteligência artificial-- para melhorar a eficiência e a exatidão.

O big data ajudou os juízes na busca de precedentes, correção de documentos jurídicos e análise de casos, disse um relatório submetido pelo Supremo Tribunal Popular (STP) a uma sessão legislativa bimestral do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN, Legislativo) na quarta-feira.

A China lançou em março de 2016 um banco de dados nacional sobre documentos jurídicos e teses acadêmicas, consistindo em mais de 20 milhões de documentos.

A computação também ajudou os promotores públicos a examinar provas, se referir a casos semelhantes, pesquisar leis relevantes e esboçar documentos jurídicos, disse outro relatório submetido pela Suprema Procuradoria Popular (SPP) na mesma sessão.

As tecnologias de reconhecimento de voz economizaram significativamente o tempo de julgamentos transformando as gravações em transcrições formais. Nos tribunais que testaram a tecnologia, o tempo de julgamentos reduziu-se em 20% a 30%, segundo o relatório do STP.

Os promotores públicos também aplicaram reconhecimento de voz durante a interrogação para desenvolver transcrições em tempo real, segundo o texto do SPP.

Em Xinjiang e Tibet, softwares de tradução inteligente foram testados em casos envolvendo pessoas de minorias étnicas, acrescentou.

Os tribunais conectaram seu banco de dados com os da polícia, da administração de indústria e comércio e das agências supervisoras de bancos e seguros para verificar as propriedades pessoais das partes envolvidas em processos judiciais, aumentando a eficiência de implementar os veredictos.

A tecnologia da informação é importante em melhorar a transparência do trabalho judiciário.

Em setembro no ano passado, um website oficial para transmissão de julgamentos foi lançado e cerca de 342 mil julgamentos foram transmitidos ao vivo com 2,74 bilhões de cliques, segundo o relatório do STP.

Mais de 34 milhões de documentos de tribunais foram publicados online desde que um website foi lançado formalmente em janeiro de 2014.

A maioria dos leilões judiciais foram conduzidos online, ao escrutínio dos olhos do público e prevenindo eficazmente transações nos bastidores. Nos últimos sete meses, cerca de 112 mil itens no valor total de 96,6 bilhões de yuans (US$ 14,6 bilhões) foram leiloados na rede pelos tribunais, segundo o STP.

Além de um website unificado para as procuradorias publicarem informações de casos, um serviço do WeChat foi lançado para informar as partes e advogados sobre os mais recentes desenvolvimentos em seus casos, segundo o SPP.

A maioria dos arquivos sobre casos foram digitalizados e estão disponíveis para os advogados, enquanto os promotores públicos entrevistaram cidadãos e advogados por vídeo online.

Os tribunais e as procuradorias se tornaram mais acessíveis para o público por contas de redes sociais, segundo os relatórios.

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