Beijing, 3 out (Xinhua) -- As diretrizes de agricultura sustentável publicadas na sábado são importantes para a reforma estrutural no lado da oferta do setor agrícola, declarou o ministro da Agricultura, Han Changfu.
As diretrizes estabeleceram metas para a conservação de recursos e a proteção ambiental na agricultura.
É o primeiro documento sobre agricultura sustentável publicada pelos gabinetes gerais do Comitê Central do Partido Comunista da China e do Conselho de Estado.
O objetivo geral é garantir áreas de terras cultiváveis e prevenir a deterioração da qualidade das mesmas.
Em 2020, a qualidade das terras cultivadas deve ser melhorada em 0,5 grau em média, enquanto a área total de terra cultivável não deve ser menor que 124 milhões de hectares, segundo as diretrizes.
A China classifica a qualidade de terra cultivável em dez níveis.
O governo planeja prevenir a exploração excessiva da água subterrânea e melhorar a eficiência da irrigação.
O documento define como zero a meta de crescimento na quantidade de fertilizantes químicos e pesticidas usadps nas principais plantações até 2020. A taxa de cobertura florestal deve ultrapassar os 23%.
A capacidade de produção de cereais deve ser estabilizada em 550 milhões de toneladas ou mais até 2020, com a qualidade dos produtos agrícolas sendo significativamente melhorada.
Palhas, resíduos de animais e películas de plástico agrícolas devem ser utilizadas com maior eficiência.
De acordo com o documento, o setor agrícola da China permanece intensivo em recursos, com poluição e degradação ecológica sendo controladas, enquanto o abastecimento de produtos verdes e de alta qualidade não podem satisfazer a crescente demanda, indicou o documento.
A agricultura deve ser mais sustentável, os agricultores devem ter uma vida melhor e o campo deve ser mais belo e habitável, acrescentou.
O país estabelecerá 40 zonas piloto para o desenvolvimento agrícola sustentável, confirmou Han.
Depois de anos de colheitas abundantes, a China já não enfrenta uma escassez de alimentos, mas outros problemas estruturais como excesso de oferta de alguns produtos agrícolas, excessiva dependência de algumas importações e a intensa concorrência de alguns produtos nacionais com os estrangeiros.
No mês passado, o Conselho de Estado publicou uma diretriz sobre a reforma estrutural no lado da oferta em agricultura, estabelecendo metas e objetivos para os próximos anos.
Em 2020, a China planeja ter um sistema moderno no setor de cereais e aumentar a taxa de cereais de alta qualidade em cerca de 10 ponto percentuais.
O país também quer uma expansão média anual de aproximadamente 7% no valor agregado do segmento, com a taxa de processamento de cereais subindo para 88%. Até 2020, o número de empresas de cereais com receita empresarial anual de mais de 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) deve ultrapassar 50, informou o Conselho de Estado.
As principais tarefas incluem estimular as principais empresas, criar novos modelos de crescimento e acelerar a reestruturação e a modernização do setor.
O Conselho de Estado enfatizou que será dado maior apoio fiscal e financeiro à agricultura e que se implementarão políticas favoráveis para o uso da terra e energia.