Beijing, 27 set (Xinhua) -- O discurso do presidente Xi Jinping na cerimônia de abertura da 86ª Assembléia Geral da Interpol foi aplaudido por muitos especialistas e estudiosos estrangeiros.
Na assembleia geral realizada em Beijing, Xi disse que a China quer trabalhar estreitamente com os países e organizações internacionais em segurança global e construir juntos a segurança universal da humanidade.
Para intensificar a aplicação da lei e a cooperação da segurança mundial, Xi propôs reforma e inovação reforçadas, aderindo ao Estado de direito e benefícios mútuos.
O presidente chinês também prometeu apoio mais forte à Interpol nos próximos cinco anos para elevar sua influência e liderança globais.
A comunidade internacional aplaude as propostas da China para melhorar a aplicação da lei mundial e a cooperação em segurança, assim como seu apoio à Interpol, disse à Xinhua o especialista em política russo Grigory Trofimchuk.
A China participa ativamente das operações mundiais contra o terrorismo e está comprometida, fortalecendo a cooperação em aplicação da lei com outros países e a segurança internacional, disse o especialista.
Ele também disse que a China tem muita experiência no combate ao terrorismo, delitos cibernéticos, corrupção e crime organizado, o qual pode compartilhar com outros países e organizações.
Segundo o especialista, a China enviou ao estrangeiro mais tropas de manutenção de paz que qualquer outro país e apresentou planos para o treinamento de elementos da ordem nos países em desenvolvimento, demonstrando a contribuição chinesa à preservação da segurança internacional.
Bambang Suryono, presidente do Centro Asiático de Pesquisa de Inovação, assinalou que o presidente chinês fez propostas pragmáticas na cerimônia de abertura sobre o fortalecimento da cooperação na aplicação da lei ao apresentar soluções chinesas.
Com o fim de reforçar a cooperação global na aplicação da lei e segurança, Xi propôs melhorar a reforma e a inovação e aderir ao Estado de direito e benefício mútuo, o qual reflete o pensamento da liderança chinesa sobre a construção de uma comunidade de destino comum para a humanidade, comentou o estudioso indonésio.
A governança em segurança mundial enfrenta enormes desafios pois o terrorismo generalizado, o extremismo, a corrupção, os delitos cibernéticos e o narcotráfico ameaçaram a segurança nacional, a estabilidade social e o desenvolvimento econômico em todo mundo, disse.
Como as pessoas aproveitam a internet e têm acesso a mais informação, é mais difícil para a comunidade internacional abordar os delitos internacionais.
De acordo com ele, todos os países devem aprofundar continuamente a cooperação e combater juntos estes delitos.
Oh Ei Sun, principal assessor do Centro de Pesquisa do Pacífico, com sede na Malásia, notou que a inovação é talvez a mais importante das propostas chinesas.
Também disse à Xinhua que o crime e o terrorismo estão crescendo hoje em dia devido à internet e as redes sociais em vez de meios tradicionais e que, portanto, as forças de segurança devem ser inovadoras em suas medidas.
Segundo o especialista, as instituições de imposição da lei de todo o mundo têm que considerar que medidas novas devem ser adotadas para evitar o delito e como aproveitar a internet para combatê-lo.
Sun disse que muitas pessoas vêem a Interpol como uma organização responsável principalmente pela investigação de casos, mas na realidade seu trabalho mais importante é trocar informação e treinar as forças de segurança de muitos países.
Sob essas circunstâncias, os programas de treinamento fortalecidos da China para as forças de aplicação da lei de países em desenvolvimento são bem-vindos, disse o especialista.
