China pede apoio ao acordo nuclear do Irã

Fonte: Xinhua    22.09.2017 15h03

Nações Unidas, 22 set (Xinhua) -- O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu na quarta-feira apoio ao acordo nuclear do Irã alcançado em julho de 2015.

O Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês) alcançado entre o Irã e seis potências mundiais -- Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia -- é importante para a governança da segurança internacional porque ajudou a evitar uma crise nuclear no Irã e impulsionou o regime internacional de não proliferação com base no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinalou Wang.

O acordo também é um importante resultado da governança global sobre a segurança e uma prática benéfica para resolver um assunto problemático através dos meios políticos e diplomáticos, declarou Wang durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores dos seis países e o Irã realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.

Depois da conclusão do acordo, seu cumprimento fez progressos e também enfrentou severos desafios, comentou Wang. O chanceler expressou o desejo de que a reunião da quarta-feira envie uma mensagem positiva de apoio ao JCPOA, para promover sua realização.

O chanceler chinês assinalou que todas as partes envolvidas devem ver o lado positivo do JCPOA, porque nenhum acordo é perfeito. Se o acordo for descartado, o regime internacional de não proliferação vai ser severamente afetado e a situação na região do Oriente Médio pode piorar, disse na reunião.

O recente desenvolvimento da situação na Península da Coreia demonstra a importância do JCPOA, enfatizou Wang.

Ele também expressou o desejo de que todas as partes façam julgamentos políticos corretos e gerem condições favoráveis para o cumprimento do acordo.

Além disso, o chanceler pediu que as partes relacionadas cumpram suas obrigações para garantir o cumprimento efetivo do acordo e resolva suas diferenças através do diálogo.

A China apoia o JCPOA e deseja trabalhar para mantê-lo, indicou Wang, dizendo que o país está disposto a continuar sua participação no processo de cumprimento.

Segundo o JCPOA, todas as sanções relacionadas com o assunto nuclear e impostas contra o Irã serão removidas se o país cumprir o acordo nos próximos anos.

O JCPOA enfrenta o risco de colapso em meio as divergências entre Washington e Teerã.

Em um discurso feito na terça-feira na Assembleia Geral da ONU, o presidente norte-americano Donald Trump descreveu o JCPOA como "um embaraço".

O presidente iraniano Hassan Rouhani assinalou nesta quarta-feira que seu país não será o primeiro a violar o acordo, mas responderá "decididamente e resolutamente" às violações de qualquer parte.

"Será uma grande pena se o acordo for destruído por alguns recém-chegados ao polco político do mundo", disse Rouhani na Assembleia Geral da ONU, em resposta óbvia às palavras de Trump no dia anterior.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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