Washington, 19 set (Xinhua) -- O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson disse no domingo que os Estados Unidos poderiam permanecer no Acordo de Paris sobre a mudança climática sob condições adequadas.

"Sob as condições corretas, o presidente disse que está aberto a encontrar essas condições em que podem permanecer engajados com os outros no que estamos todos de acordo, o que é uma questão desafiadora," disse Tillerson em uma entrevista à CBS.

As observações de Tillerson ficaram em linha com declarações anteriores do Departamento de Estado dos EUA, que disse que os Estados Unidos está "aberto para participar novamente do Acordo de Paris se identificarem termos que sejam mais favoráveis para seus negócios, seus trabalhadores, seus cidadãos e seus contribuintes".

O presidente dos EUA Donald Trump em 1 de Junho anunciou sua decisão de se retirar do Acordo de Paris, citando preocupações sobre a ameaça do acordo para a economia dos EUA como uma razão principal para sua retirada.

"O custo para a economia neste momento (em 2040) seria de cerca de 3 trilhões de dólares americanos em PIB perdido e 6,5 milhões de empregos industriais", disse Trump então, citando números de um estudo disputado encomendado pelo Conselho Americano de Formação de Capital e a Câmara de Comércio dos EUA, ambos conhecidos pelo lobby contra as regulamentações climáticas.

A decisão de se retirar do acordo cumpriu uma promessa de campanha de Trump, que uma vez chamou a mudança climática de "um engano".

Na verdade, antes de ter anunciado sua decisão de se retirar do Acordo de Paris, Trump já havia tomado uma série de ações no sentido de reverter as políticas climáticas de seu antecessor Barack Obama.

Em março, com os mineiros de carvão reunidos, Trump assinou uma ordem executiva mirando principalmente o plano de energia limpa, assinado por Obama para reduzir as emissões de gases de efeito estufa de usinas de energia movidas a carvão de acordo com promessas dos EUA para o Acordo de Paris.

Em seu primeiro pedido de orçamento, Trump também propôs uma redução de 31% no financiamento da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

No entanto, apesar de sua decisão de deixar o Acordo de Paris, Trump cumpriria o processo de retirada de quatro anos estipulado pelo Acordo de Paris, o que significa que a retirada dos EUA não entrará em vigor até novembro de 2020, cerca de dois meses do prazo do fim de seu primeiro mandato.