China acelera construção da força de ciência e tecnologia

Fonte: Xinhua    11.09.2017 13h44

Beijing, 11 set (Xinhua) -- A China fez uma série de avanços em ciência e tecnologia nos últimos meses quando o país acelerou seu passo para se tornar uma força líder de ciência e tecnologia antes de meados do século.

A China tem sido um líder em tecnologias de quantum, que eliminam a possibilidade de espionagem telefônica e comunicação segura. No início de setembro, o país anunciou que a rede de comunicação de quantum Beijing-Shanghai tinha atendido aos requisitos para iniciar os serviços.

A rede de 2 mil quilômetros, a primeira do mundo, será usada para a transmissão segura de dados nas áreas militar, financeira e de assuntos governamentais.

O país também completou o teste do satélite de alto rendimento Shijian-13, designando-o como Zhongxing-16. Com uma capacidade de transferência de 20 Gbps, o satélite é capaz de fornecer melhor acesso à internet em aviões e trens de alta velocidade, assim como em regiões menos desenvolvidas.

Em um passo para lançar uma sonda de marte por volta de 2020, os cientistas estabeleceram um plano de desenvolvimento de 400 milhões de yuans (US$ 61 milhões) para transformar uma bacia de pedra vermelha na Bacia Qaidam, na Província de Qianghai, noroeste da China, em uma base da pesquisa científica de Marte e um ponto de turismo ecológico.

A base deve consistir em uma "Comunidade de Marte" e uma "Área de acampamento de Marte". A área de acampamento terá várias acomodações como módulo experimental.

A pesquisa subterrânea também desenvolveu-se rapidamente. Os pesquisadores descobriram recentemente uma reserva de rocha quente e seca (HDR, na sigla em inglês) com temperaturas de 236 graus Celsius, a 3.705 metros abaixo da Bacia de Gonghe na Província de Qinghai.

A HDR está entre 3 e 10 mil metros abaixo da superfície da Terra. Ela pode ser usada para gerar eletricidade limpa via suas altas temperaturas. O avanço significa que a China deu mais um passo na solução dos problemas ambientais relacionados ao efeito de estufa e chuva ácida.

A China fez da inovação o centro do seu 13º Plano Quinquenal (2016-2020), com o objetivo de se tornar uma "nação inovadora" até 2020, um líder internacional em inovação até 2030, e uma potência mundial em inovação científica e tecnológica até 2050.

"Nós aceleraremos a pesquisa e o desenvolvimento, e a comercialização de novos materiais, inteligência artificial, circuitos integrados, biofarmácia, comunicações móveis 5G, e outras tecnologias para desenvolver agrupamentos industriais nestas áreas", disse um relatório de trabalho do governo emitido este ano.

Estes esforços ajudarão o país a melhorar a conveniência do transporte, elevar os padrões de vida, resolver a escassez de recursos energéticos, e impulsionar o desenvolvimento econômico.

A China anunciou na quarta-feira que foi concluído o trabalho de colocação de trilhos na ferrovia de alta velocidade Harbin-Jiamusi, com uma extensão de 343 quilômetros, a mais longa do país em uma área de alta latitude. A ferrovia de alta velocidade deve entrar em operação em junho de 2018.

A uma velocidade de 200 quilômetros por hora, a ferrovia cortará o tempo de viagem entre as cidades de Harbin e Jiamusi, ambas na Província de Heilongjiang (nordeste), para 1,5 hora ante as 7 horas anteriores.

No âmbito ambiental, um teste na órbita do primeiro satélite de observatório de carbono da China foi completado com sucesso em setembro. Os cientistas converterão os sinais magnéticos recebidos do satélite em sinais espectrais visíveis, e calcularão a concentração do dióxido de carbono.

A China precisa de ciência e tecnologia mais do que nunca e os cientistas do país devem ocupar a "alta terra" das ciências e tecnologias do mundo, disse Bai Chunli, presidente da Academia Chinesa de Ciências (ACC).

O caminho mais rápido e mais fácil para alcançar a inovação é promover a inovação através de uma rede de cooperação mundial.

O Plano do G20 sobre Crescimento Inovador, adotada na Cúpula de Hangzhou em setembro do ano passado, promete que governos criarão um ambiente favorável para a criatividade e o desenvolvimento.

A inovação científica também foi um tópico central no Fórum do Cinturão e Rota em Beijing em maio, com a China propondo um Plano de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação do Cinturão e Rota.

Uma rede de cooperação científica e tecnológica ao longo do Cinturão e Rota será completada em 2030, disse Bai.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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