Embraer: Previsões apontam para aumento da demanda de jatos regionais

Fonte: Diário do Povo Online    30.08.2017 13h19

A China irá precisar de 1,070 jatos regionais de 70 a 130 lugares ao longo dos próximos 20 anos, tornando o país no terceiro maior mercado de aviação regional, atrás dos EUA (Boeing) e da Europa (Airbus), de acordo com o último relatório divulgado na terça-feira pela brasileira Embraer SA.

De 2017 a 2036, a demanda por jatos regionais na China irá perfazer 17% do total. No ano passado, estavam 137 aeronaves em operação na China, de acordo com a Embraer SA.

Atualmente, a Embraer é responsável por 61% das entregas globais de jatos com 70 a 130 lugares, seguida pela Bombardier do Canada e a russa Sukhoi, respetivamente com 31% e 4% do mercado.

 “Na próxima década, o número de famílias de classe média na China deverá aumentar de 100 para 300 milhões, sendo que a maioria delas irá provir de cidades de segundo e terceiro escalões. A urbanização em cidades chinesas mais pequenas deverá propalar a demanda pelo transporte aéreo”, disse Arjan Meijer, chefe comercial da Embraer.

Enquanto isso, Meijer acrescentou que os comboios de alta velocidade irão conectar cerca de 80% das capitais provinciais da China. Os voos regionais, considera, deverão ajudar a reter os setores não abrangidos pelos trens-bala.

No mercado de aviação regional da China, a China Southern Airlines, Tianjin Airlines, Hebei Airlines, GX Airlines e Colorful Guizhou Airlines, asseguram atualmente posições de liderança nas suas operações.

Para a China Southern Airlines, as rotas regionais perfazem 9% do total de percursos domésticos. No ano passado, a transportadora veiculou 4.88 milhões de pessoas nos seus voos regionais, um aumento de 3.9% em termos homólogos.

Sendo a cidade de Urumqi um dos seus centros de operações, a China Southern operou voos regionais em 18 cidades na Região Autônoma de Xinjiang. Em 2016, foram transportados cerca de 30,000 voos regionais de curta distância na região.

Zhang Yubin, vice-diretor de marketing da China Southern Airlines, disse que a operacionalidade dos voos regionais tem sido um setor indispensável da empresa.

 “O setor de aviação regional na China enfrenta também alguns desafios, devido aos altos custos de operação, ao baixo rácio de utilização de aeronaves regionais e ao impacto do setor ferroviário”.

 “Além disso, os maiores aeroportos têm o tempo cronometrado, o que terá um impacto na rede integrada da construção dos voos regionais”, acrescentou Zhang.

Porém, o governo emitiu políticas favoráveis para incrementar o desenvolvimento da aviação regional. A China delineou no 13º Plano Quinquenal a construção de 43 novos aeroportos regionais.

No ano passado, a Administração Para a Aviação Civil da China (AACC) garantiu 1.02 bilhões de yuan em subsídios para o setor de aviação regional. A AACC avançou que o estabelecimento de novas rotas aéreas deveria ser estritamente controlado, afirmando que o governo irá dar apoio do estabelecimento de novas rotas aéreas. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos