O museu privado, coberto com cerca de 700 milhões de fragmentos de porcelana, situado em Tianjin, será leiloado em agosto, devido ao dono estar alegadamente envolvido numa disputa financeira.

O museu, também conhecido como a Casa de Porcelana da China, foi aberto e renovado em 2007 por Zhang Lianzhi, um homem de negócios e colecionador de porcelana de Tianjin. Zhang levou 10 anos a remodelar o ex-edifício de estilo francês, com uma história de 100 anos, num edifício coberto com mais de 700 milhões de fragmentos de porcelana antiga, mais de 13,000 antiguidades chinesas, e centenas de peças de mobiliário vintage, de acordo com o jornal Beijing News.

A renovação controversa tem sido boicotada por várias organizações e acadêmicos, que acusam Zhang de destruir uma relíquia histórica e cultural. A aparência bizarra do museu recebeu também críticas por parte do público, com várias pessoas a descrever a Casa de Porcelana como “uma vergonha e um falhanço na história da arquitetura chinesa”. Apesar do ódio do público, o museu atraiu vários visitantes, tanto da China como do exterior, assegurando a sua posição em vários websites de turismo como um dos locais mais famosos de Tianjin.

Por mais famosa que seja, não resta outra opção que não seja ir a leilão, devido aos problemas financeiros enfrentados por Zhang. Em junho, um tribunal de Tianjin emitiu um anúncio para o leilão do edifício pelo final de julho, sendo mais tarde adiado para 8 de agosto. De acordo com o Beijing News, o tribunal local avaliou a decoração em 140 milhões de RMB, tendo a empresa de Zhang avaliado a arquitetura em 330 milhões e a decoração de porcelana em 9.8 bilhões de RMB. Com base no acordo assinado por Zhang e pelo tribunal, o leilão não irá incluir a decoração de porcelana.

A posição de Zhang foi denunciada por vários especialistas, que dizem que grande parte das decorações de porcelana são peças de arte moderna, com pouca relevância histórica. Bian Zhengming, um especialista em arte de porcelana, disse ao Beijing Times que a Casa de Porcelana não contém peças antigas de valor, acrescentando que vários exemplares são imitações.