Especialistas chineses desenvolveram um péptido antiviral, de nome Z2, com a capacidade de neutralizar o vírus Zika.
O resultados da sua aplicação bem sucedida foram publicados no jornal internacional Nature Communications, a 26 de julho, tendo despertado interesse no campo da medicina global, segundo informou o China News.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou sobre o vírus Zika após um surto ter ocorrido em 2007, classificando a situação como emergência de saúde pública de interesse internacional.
Até março de 2017, mais de 80 países haviam relatado casos de infeção.
O novo fármaco, desenvolvido pela equipa de pesquisa de Lu Lu e Jiang Shibo, na Escola de Ciências Médicas Básicas da Universidade de Fudan, juntamente equipas de pesquisa do Centro Clínico de Saúde Pública de Shanghai e do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia da Academia de Ciências Médicas Militares, eliminou o vírus Zika em ratos, e impediu que as fêmeas grávidas transmitissem o vírus.
Jiang disse que atualmente não há nenhuma vacina ou medicamento que possa prevenir efetivamente a infeção. Porém, o péptido Z2 pode ser combinado com proteínas da superfície do vírus e torná-lo inativo.
Jiang acrescentou que o fármaco é capaz de penetrar na barreira placentária, o que, não só reduz a taxa de infeção durante a gravidez, como também a do feto, interrompendo a transmissão vertical.
Os especialistas afirmaram que o agente inativador do polipéptido pode se tornar um novo fármaco para prevenir o vírus, pois é seguro para grupos de alto risco, incluindo grávidas.