Rio de Janeiro, 26 jul (Xinhua) - O índice de rejeição dos brasileiros ao presidente Michel Temer bateu o recorde de 94%, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, registrando um aumento de um ponto em relação ao mês anterior.

"O levantamento confirma os altos índices de desaprovação do governo federal e do presidente Michel Temer. Identificamos que os efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista ainda se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos próximos meses com a pauta do aumento de impostos e dos combustíveis", comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pela pesquisa.

O nível de rejeição a Temer pode ser ainda mais elevado porque a pesquisa foi realizada durante as duas primeiras semanas de julho, antes do anúncio na semana passada do aumento dos impostos sobre os combustíveis. A sondagem também analisou a popularidade de 33 nomes listados entre políticos e personalidades públicas. No ranking "Barômetro Político", Temer possui maior desaprovação com 94%, seguido por Eduardo Cunha (93%), Aécio Neves (90%), Renan Calheiros e Dilma Rousseff empatados com 80%, e José Serra (75%).

Em relação à popularidade de 33 nomes listados, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso da Operação Lava jato, recebeu 64%, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (44%), o ex-presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva (29%), a atual presidente do STF Cármen Lúcia (28%) e o procurador geral da República, Rodrigo Janot (24%).

Segundo a pesquisa, o índice dos entrevistados que consideram que o país está num rumo errado se manteve em 95%, igual ao mês passado.

A pesquisa da Ipsos entrevistou 1.200 pessoas de 72 municípios brasileiros entre os dias 1 e 15 de julho e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais.