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Erdogan e rei saudita discutem crise do Catar em meio a novos esforços de mediação

Fonte: Xinhua    25.07.2017 09h28

Riade, 25 jul (Xinhua) -- Como parte dos esforços de mediação renovados da Turquia, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se reuniu no domingo com o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, para discutir a crise diplomática entre o Catar e o quarteto saudita.

Os dois líderes abordaram os laços bilaterais e os desenvolvimentos regionais, além dos esforços que estão sendo exercidos para combater o terrorismo, informou a agência de imprensa saudita estatal.

A turnê do Golfo de Erdogan, que também o levará para o Catar e o Kuwait, veio em meio à nova ofensiva diplomática do turco destinada a encerrar o impasse do Golfo. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, realizou uma turnê do Golfo para mediar o impasse no início do mês passado, sem obter grandes resultados.

O quarteto liderado pela Arábia, que também inclui os Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e o Egito, cortou relações diplomáticas com o Catar em 5 de junho e impôs um bloqueio à pequena nação rica do Golfo.

Eles acusaram Doha de apoiar o terrorismo e interferir em seus assuntos internos, o que foi rejeitado pelo Catar.

A Turquia anunciou publicamente que está do lado do Catar, com o qual tem amplos laços econômicos e de segurança, e criticou o bloqueio saudita dizendo que é desumano.

No início do domingo, Erdogan disse a repórteres em Istambul, antes de partir para a Arábia Saudita, que a Turquia está buscando uma resolução imediata para a disputa diplomática em curso no Golfo.

"Ninguém tem interesse em prolongar mais esta crise," disse Erdogan.

Entre as 13 demandas apresentadas pelo bloco liderado pela Arábia Saudita, há o encerramento de uma base militar turca no Catar. A Turquia implantou uma série de tropas na base recentemente em um movimento destinado a reforçar o lado do Catar diante das sanções e ameaças de seus vizinhos.

Ancara se recusou a retirar as tropas do Catar, uma jogada que frustrou os quatro países árabes.

Mas os sinais de alívio da crise surgiram recentemente após a visita ao Golfo realizada pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, durante a qual os EUA e o Catar assinaram um acordo para combater o financiamento ao terrorismo.

Isso abordou uma das principais demandas do bloco saudita, que criticou Doha dizendo que o Catar financia e apoia vários grupos extremistas, incluindo a Irmandade Muçulmana no Egito, o movimento do Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.

O Catar revisou sua lei sobre a luta contra o terrorismo durante a semana, um movimento que foi elogiado pelos Emirados Árabes Unidos como sendo um "passo positivo".

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