Dalian, 29 jun (Xinhua) -- Poucas reuniões na China reunem tantos líderes de empresas mundiais como o Fórum Davos de Verão.
Desde a terça-feira, a cidade de Dalian, no nordeste da China, recebeu centenas de executivos corporativos de todo o mundo para conversar sobre uma ampla gama de temas que vão da nova revolução industrial até o crescimento econômico inclusivo.
Ao saudá-los na quarta-feira, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse que as reformas do país requerem a participação do capital, empresas e conhecimento estrangeiro. Ele também prometeu acesso mais fácil ao mercado e igualdade de oportunidades.
"A reforma da China sempre está em paralelo com a abertura. Convidamos as empresas estrangeiras a virem à China e participar na reorganização corporativa. Reduziremos o limiar de serviços para fomentar novos motores de crescimento", indicou Li, que reafirmou que os estrangeiros recebem o mesmo tratamento dos seus colegas nacionais.
Um dia antes, o premiê apresentou um discurso na abertura do fórum, oficialmente a Reunião Anual dos Novos Campeões de 2017.
"Me impressionou positivamente o discurso do primeiro-ministro, e a sua confiança no crescimento da economia", disse Neil Hawkins, vice-presidente corporativo da Dow Chemical Co.
O empresário foi testemunha do auge da China desde sua primeira viagem há 30 anos e ainda está impressionado com seu desenvolvimento. "Quando vejo o mercado chinês, vejo incríveis oportunidades de crescimento em virtualmente todos os setores".
Hawkins não é o único otimista em relação ao mercado chinês.
Carol Liao, presidente para a China da Boston Consulting Group, considera que a China oferece às companhias mundiais extraordinárias oportunidades. "A China tem o maior mercado de consumo do mundl atrás apenas dos Estados Unidos, e lidera muitos submercados mundiais, incluindo os de celulares inteligentes, uso compartilhado de bicicletas e automóveis".
"A China é agora o maior contribuidor para o nosso crescimento", disse Shane Tedjarati, presidente dos negócios das regiões de alto crescimento da Honeywell.
Os dados de investimento também demonstram a atração da China para as companhias estrangeiras. Em 2016, o investimento estrangeiro direto (IED) na parte continental chinesa cresceu 4,1% anualmente e uma grande parte se destinou ao setor de serviços.
Não parece que as multinacionais estejam preocupadas com a atual desaceleração da China.
Liao destacou sua posição positiva, dizendo que o mercado de consumidores crescerá mesmo que a economia geral continue desacelerando.
Espera-se que para 2021, a economia chinesa tenha um mercado de consumo no valor de US$ 6,1 trilhões, em comparação com os US$ 4,3 trilhões de 2016, segundo um relatório publicado pela Boston Consulting Group e AliResearch.
"Estamos comprometidos com um crescimento de longo prazo na China e investimos mais de um bilhão de dólares", disse Shane Tedjarati, presidente da Honeywell.
"O mercado continuará sendo uma fonte de prosperidade e crescimento", acrescentou Tedjarati.
A China tem mantido uma abertura firme.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciou na quarta-feira que a partir do próximo mês utilizará uma lista negativa para o investimento estrangeiro.
Cerca de 1.500 políticos, funcionários, empresários, pesquisadores e representantes de meios de comunicação de mais de 90 países e regiões assistiram à reunião.
Estabelecido pelo Fórum Econômico Mundial em 2007, o fórum de verão é realizado todos os anos na China, alternando-se entre as cidades portuárias de Dalian e Tianjin.