Xi Jinping se encontra com ministros estrangeiros do Brasil, Rússia, Índia, África do Sul em Beijing.
“Que as vossas vozes sejam ouvidas”, disse o presidente aos ministros das outras nações.
Os países do BRICS devem, segundo o presidente chinês, impulsionar a ordem internacional, visando trilhar um caminho mais justo, e unir esforços para uma nova década de ouro do bloco do BRICS.
Os membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – cada um enfrenta obstáculos na manutenção da estabilidade do desenvolvimento, disse Xi ao se encontrar com os ministros das Relações Exteriores desses países no Grande Salão do Povo, em Beijing.
“Em meio à situação internacional complicada, os países do BRICS devem fazer com que suas vozes sejam ouvidas”, disse Xi aos ministros.
A China assume a liderança rotativa do bloco este ano. A cúpula do BRICS será realizada na cidade costeira de Xiamen, na província de Fujian, entre 3 e 5 de setembro.
Xi urgiu os membros do BRICS a levarem a cabo o espírito da cooperação de benefício mútuo, continuar o foco no desenvolvimento, aderir firmemente ao princípio do multilateralismo e às normas básicas para as relações internacionais.
“O mecanismo de cooperação do BRICS existe há 10 anos, e não acho que as cores do BRICS tenham desvanecido. Iremos ter uma nova década de ouro, e devemos ter tais expectativas e confiança”, afiançou o chefe de Estado chinês.
“A cooperação entre as nações do BRICS consiste em uma prática inovadora que superou a mentalidade ultrapassada de alianças políticas e militares, construindo uma parceria de confiança e benefícios mútuos”, prosseguiu.
“O mecanismo do BRICS deve servir de motor de cooperação entre os países emergentes e das nações em desenvolvimento”, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma coletiva de imprensa, após o encontro dos 5 ministros.
“O mecanismo do BRICS não pertence apenas a estas 5 nações, mas também a todas as economias de mercado e nações em desenvolvimento”, disse Wang.
Em um comunicado conjunto, os ministros instaram todos os países a implementar o Acordo de Paris sob os princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
Os ministros reafirmaram a necessidade de uma reforma na ONU, incluindo no seu Conselho de Segurança, tornando-o mais representativo, efetivo e eficiente, com um aumento da representatividade dos países em desenvolvimento.
Todos os ministros se comprometeram a reforçar a cooperação coletiva dentro da ONU e de outras instituições multilaterais, através de encontros regulares entre representantes permanentes em Nova Iorque, Genebra e Viena.
