Beijing projeta primeira ciclovia exclusiva para bicicletas

Fonte: Diário do Povo Online    13.06.2017 09h23

Beijing anunciou ontem (12) que planeja construir a sua primeira via especializada para circulação de bicicletas, conectando uma populosa área residencial com um centro de negócios, a fim de resolver os problemas de congestionamento do trânsito na área.

Ao contrário das outras ciclovias em Beijing, normalmente cruzadas com as faixas para automóveis, esta será exclusiva para ciclistas.

A faixa com 6.3km irá ligar a comunidade residencial de Huilongguan, no distrito Changping, com Shangdi, no distrito de Haidian, onde várias empresas estão sediadas, afirmou Rong Jun, porta-voz da Comissão Municipal de Transportes de Beijing.

“No futuro, a ciclovia será ampliada até ao Zhongguancun Software Park, onde várias empresas de tecnologias de informação estão localizadas”, revelou, acrescentando que “o trânsito nesta área precisa ser melhorado devido à elevada densidade populacional”.

O Instituto Municipal de Planejamento e Design da Cidade de Beijing propôs a criação desta ciclovia no ano passado.

O trajeto entre as duas áreas pode ser efetuado em apenas 20 a 30 minutos de bicicleta, enquanto a mesma viagem de automóvel pode demorar mais de uma hora devido à intensidade do trânsito.

Cerca de 370 mil pessoas vivem em Huilongguan, das quais mais de 20% trabalham em Zhongguancun e mais de 16% em Shangdi.

Mesmo optando por transportes públicos, os habitantes desta área residencial necessitam sair de casa com uma hora de antecedência devido ao número de passageiros que optam por autocarros ou metro para se deslocarem até ao local de trabalho.

Ji Zhonghui, um professor de 40 anos que vive em Huilongguan e viaja diariamente de carro, diz estar recetivo a qualquer método que reduza o congestionamento do trânsito.

“Se a ciclovia for construída e a distância for inferior a 7km, as pessoas vão certamente preferir ir para o trabalho de bicicleta”, afirmou Ji.

Yu Shenlan, de 30 anos, também residente na mesma área, acredita que as pessoas não mudarão tão facilmente o seu método de deslocação.

“Quando fizer muito calor ou muito frio, as pessoas vão continuar a preferir conduzir”, disse, acrescentando que o problema principal é a elevada densidade populacional do local. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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