A crise diplomática do Catar apresenta uma forte possibilidade de ter impacto na economia do país. Os preços dos transportes, alimentação e de outros bens essenciais dispararam como resultado da situação.

O encerramento das vias aéreas, marítimas e terrestres ao Catar por parte dos países vizinhos adicionou uma dimensão econômica à decisão política do corte de laços.

O Catar compartilha a sua fronteira terrestre apenas com a Arábia Saudita. Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein estão próximos, sendo que o corte nas vias de acesso ao país por parte das nações vizinhas tornam a situação em um cerco econômico à nação peninsular.

A Qatar Airways também foi afetada pela situação. Uma das principais preocupações do país afetado é o fato de mais de 80% das importações alimentares serem provenientes destes países.

Os moradores locais começaram a armazenar comida, água e outros bens essenciais desde a divulgação da notícia.

Os mercados acionistas do Golfo também foram influenciados nesta segunda-feira.

Embora o mercado egípcio tenha permanecido otimista, o comércio e o investimento Egito-Catar apresenta valores reduzidos, com apenas 500 milhões de dólares em circulação.

Existem 300 mil egípcios a trabalhar no Catar que podem ser afetados pela fenda diplomática.

A influência do boicote dos vizinhos pode até alcançar o grupo de liderança do Qatar, segundo Ahmed Haggag, ex-adjunto do ministro das Relações Exteriores do Egito. "A elite governante é persistente. Eles não irão desistir facilmente. Mas o povo do Catar sentir-se-á isolado por um longo período de tempo. A pressão do povo é a única ação viável para provar à elite governante no Catar que sua política não é sustentável."