O Ministério das Relações Exteriores da China avalia que os EUA e o Japão se excederam nos comentários relativos às ilhas Nansha.
A China se opõe veementemente às declarações irresponsáveis alusivas à China, proferidas pelos ministros da Defesa dos EUA e do Japão no Diálogo Shangri-La, em Singapura, segundo a porta-voz das Relações Exteriores da China.
Hua Chunying referiu em uma publicação noticiosa disponibilizada no website do Ministério que a China tem soberania indisputável sobre as ilhas Nansha e suas águas circundantes, tendo consistentemente vindo a zelar pela resolução das disputas pela via negocial.
Hua reiterou que a China se opõe a nações que flitam seus músculos em demonstração do seu poder militar, ameaçando e pondo em causa a soberania chinesa e a segurança no Mar do Sul da China sob o pretexto das liberdades de navegação e voo.
A porta-voz disse ainda que a instalação de meios de defesa nas suas próprias ilhas e corais no Mar do Sul da China consiste num direito “genuíno e lícito” do país.
Hua urgiu algumas “nações exógenas à região” a cessarem os comentários irresponsáveis, e respeitarem os esforços de assegurar a paz e estabilidade no Mar do Sul, contribuindo de forma construtiva para o efeito.
Os comentários de Hua surgem como resposta à apreciação chinesa dos comentários dos secretários da Defesa dos EUA e Japão, James Mattis e de Tomomi Inada, respetivamente, no Diálogo de Shangri-La, concluído no domingo à tarde.
Mattis e Inada acusaram a China de descredibilizar a ordem legislativa e de criar tensões durante os seus comentários no evento.
O Diálogo de Shangri-La deste ano, também apelidado de 16ª Cúpula para a Segurança da Ásia, organizado pelo think tank londrino Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, contou com a participação de 22 delegados de nível ministerial e 12 responsáveis por departamentos de defesa, bem como oficiais militares sénior e académicos de 39 países e regiões.