Li Keqiang prepara visita à Europa com o comércio no topo da agenda

Fonte: Diário do Povo Online    31.05.2017 09h15

O primeiro-ministro chinês irá encontrar-se com Merkel e outros líderes europeus durante uma visita de três dias.

Li Keqiang irá dar início na quarta-feira a uma visita a Berlim. Os analistas e oficiais anteveem que a visita terá influência no incremento do comércio livre sino-europeu, injetando um novo ímpeto na recuperação da economia global.

Durante a visita de três dias, Li irá realizar visitas oficiais à Alemanha e Bélgica, onde participará no encontro anual com a chanceler alemã, Angela Merkel, e se encontrará com líderes da União Europeia, sob o mecanismo anual, em Bruxelas, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China.

Durante a visita, a China espera incrementar a comunicação estratégica e a confiança política, melhorar a cooperação prática e enviar de forma conjunta um sinal positivo de entreajuda e abertura, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Wang Chao.

A China e a Europa não têm contradições fundamentais ou conflitos geográficos. Em contraponto, têm vários interesses comuns e posições semelhantes em questões como o incremento do comércio livre, asseguramento do sistema do comércio multilateral e melhoramento da governança económica global, disse.

A iniciativa chinesa “Um Cinturão e Uma Rota” veio incentivar a cooperação entre a China e os países europeus, através da construção de aeroportos, portos marítimos e infraestruturas ferroviárias, disse Yang Yanyi, embaixadora chinesa na UE.

A diplomata refere que é “natural” que a China e a Europa tenham divergências no desenvolvimento dos laços económicos e comerciais, acrescentando que ambas as partes se devem focar nos interesses comuns e no controlo dos conflitos comerciais pela via do diálogo e da consulta.

Durante a visita de Li à Alemanha, os líderes dos dois países irão trocar opiniões sobre o artigo 15 do protocolo sobre a adesão da China à OMC, referiu Shi Mingde, embaixador chinês na Alemanha.

De acordo com o artigo suprarreferido, os países membros deveriam ter cessado a 11 de dezembro de 2016 de realizar investigações “anti-dumping” na China. A data surge 15 anos depois da China se ter tornado membro oficial da organização.

Porém, os membros da OMC continuam usando os custos de produção de países terceiros para calcular o valor dos produtos provenientes de nações que integram a sua lista de países cuja economia não é de mercado, a qual inclui a China.

Entretanto, refere Li Chenggang, ministro assistente do comércio, a China se tornou no maior parceiro comercial da Alemanha pela primeira vez no ano passado, quando o volume de comércio bilateral atingiu os 151,29 bilhões de dólares.

A UE tem sido o maior parceiro comercial da China ao longo de vários anos. A China, por seu turno, ocupa o segundo posto na pirâmide dos parceiros comerciais da Europa. Ambas as partes obtiveram um progresso positivo na cooperação em infraestruturas, finanças e economia digital nos últimos anos.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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