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China impulsionará construção de filosofia e ciências sociais próprias

Fonte: Xinhua    18.05.2017 14h07

Beijing, 18 mai (Xinhua) -- Apesar de a China estar cada vez mais confiante em seu deslumbrante crescimento econômico nas últimas décadas, o país tem a necessidade urgente de construir uma confiança mais essencial e duradoura para formar suas próprias grandes mentes em filosofia e ciências sociais.

O Partido Comunista da China (PCCh) recentemente prometeu reforçar a construção de "uma filosofia e ciências sociais com características chinesas", um sistema que inclui várias áreas como a história, economia, política, cultura, sociedade, ecologia e exército.

Os especialistas nestes âmbitos devem assumir suas responsabilidades, consolidar a confiança na cultura chinesa e ampliar a inovação em sua área, disse Liu Yunshan, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCCh, durante uma reunião de alto nível realizada na quarta-feira para promover o projeto.

Liu fez os comentários um ano depois que o presidente da China, Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do PCCh, pronunciou um discurso sobre o desenvolvimento da filosofia e das ciências sociais.

O discurso, que abrange temas como marxismo, dirigência do PCCh, formação de talento e inovação, é considerado por pesquisadores e funcionários como um pensamento de orientação para o desenvolvimento desses âmbitos.

Um país sem um desenvolvimento avançado das ciências naturais provavelmente não será um país líder e também não pode sem lucros em ciências sociais e filosofia, disse Xi no simpósio realizado em 17 de maio do ano passado.

NECESSIDADE DO TEMPO

Os investigadores consideram que a China atual requer uma grande teoria e grandes mentes.

Como o país está realizando uma das reformas sociais mais profundas e abrangentes de sua história, se espera que o rumo do país gere poder e amplo espaço para o desenvolvimento teórico, disse Xie Chuntao, professor da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh.

Os pesquisadores devem trabalhar arduamente para gerar teorias para apoiar o futuro desenvolvimento, disse Xie.

Pesquisadores chineses acreditam que é difícil utilizar as teorias ocidentais para interpretar as práticas chinesas em economia, política e sociedade. Também não são entendidos por seus colegas ocidentais ao explicar o que a China realiza atualmente.

"Como o povo chinês tem maior contato com o mundo exterior, temos uma necessidade de confiança cada vez mais profunda", disse Wang Yiwei, professor da Universidade Renmin, da China. "Se não pudermos construir nossa própria ideologia, discursos e sistemas acadêmicos de filosofia e ciências sociais, nunca confiaremos em nosso caminho e sistema socialista".

INOVAÇÃO

No seminário de quarta-feira, Liu enfatizou a inovação como um âmbito chave no desenvolvimento da filosofia e as ciências sociais da China.

O estudo deve focar-se na China contemporânea. As teorias chinesas precisam interpretar os avanços da China que devem enriquecer as teorias, assinalou.

Como parte dos esforços de inovação, a Academia Chinesa de Ciências Sociais estabeleceu 19 grupos de especialistas em marxismo, economia, finanças, relações internacionais, sociedade, cultura e zonas fronteiriças.

Até o final de 2016, a academia tinha produzido 13 mil pesquisas, mais de 147 mil documentos e mais de 27 mil relatórios de pesquisa.

UM NOVO PENSAMENTO

Liu enfatizou que o marxismo é "alma e vantagem" da filosofia e ciências sociais chinesas e pediu a aumentar a sinização do marxismo.

Estudar as novas teorias desenvolvidas do 18ª Congresso Nacional do PCCh é uma prioridade, assinalou.

Liu pediu estudar os discursos de Xi Jinping e os novos conceitos, ideias e estratégias da governança estatal, entender a posição marxista e as visões e métodos detrás dela, assim como aplicar a correta direção política e os valores da filosofia e as ciências sociais.

Os discursos de Xi são ricos em conteúdo e profundos em pensamento, incluindo o desenvolvimento do socialismo com características chinesas, "os dois objetivos centenários", a disposição geral do desenvolvimento econômico, político, cultural, social e ecológico, o Sonho Chinês de revitalização nacional e as quatro tarefas integrais.

Também incluem a teoria da "nova normalidade", a reforma estrutural do lado de oferta, a política democrática com características chinesas, o desenvolvimento orientado ao povo, a construção ideológica, a erradicação da pobreza, uma comunidade de futuro compartilhado, a construção do Partido, a segurança estatal integral e o fortalecimento do exército.

Para interpretar melhor os discursos e o pensamento de Xi, a academia compilou 12 volumes dos estudos que respondem às grandes perguntas do desenvolvimento do país e do Partido na nova etapa, disse Wang Weiguang, presidente da academia.

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