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Principais projetos de infraestrutura entre a China e o mundo lusófono

Fonte: Xinhua    10.05.2017 13h24

Beijing, 10 mai (Xinhua) -- O Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional será realizado em Beijing em 14 e 15 de maio, segue o resumo dos principais projetos de infraestrutura entre a China e os países da língua portuguesa nos últimos anos:

BRASIL

-- Em abril de 2017, a Companhia de Construção de Comunicações da China (CCCC) fechou um acordo para comprar 51% de um novo porto em São Luís, estado do Maranhão, a ser construído via uma parceria com a WPR, uma subsidiária do grupo brasileiro WTorre. A construção será iniciada no segundo semestre do ano com um investimento de US$ 545 milhões e levará três anos para ser completada.

-- Em março de 2017, a China Gezhouba Group Overseas Investment Co. (CGGC), subsidiária do grupo China Gezhouba, pagará US$ 200 milhões para adquirir a empresa brasileira Sistema Produtor São Lourenço, sistema de captação, armazenamento e tratamento de água no estado de São Paulo. O negócio deve ser concluído em fevereiro de 2018.

-- Em 23 de janeiro de 2017, a Malha Estatal da China, gigante de transmissão elétrica, concluiu a aquisição de 54,64% de participação acionária na CPFL Energia, que pertencia à Camargo Corrêa e aos fundos de pensão Previ, Fundação Cesp, Sabesprev, Sistel e Petros. A CPFL é o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro. Desde a entrada, em 2010, no mercado brasileiro, a Malha Estatal adquiriu 14 empresas de transmissão elétrica, com cerca de 10 mil quilômetros de linhas, se tornando a segunda maior companhia de transmissão elétrica no país.

-- Em 29 de dezembro de 2016, a empresa China Three Gorges concluiu a aquisição das ações da Duke Energy International Brazil Holdings com o preço de US$ 946,7 milhões. A última tem subsidiárias que atuam nos setores de geração e comercialização de energia elétrica no Brasil.

-- Em 13 de dezembro de 2016, começou a obra da nova Estação Antártica Comandante Ferraz, que será feita pela empresa chinesa CEIEC (Companhia de Importação e Exportação de Eletrônica da China), com um investimento de US$ 99,6 milhões. O projeto ficará pronto em 2018.

-- Durante as Olímpiadas do Rio de Janeiro, de 3 a 21 de agosto de 2016, diversas empresas chinesas se envolveram na construção, operação e manutenção de projetos de infraestrutura para os jogos. A Malha Estatal da China foi a encarregada pela operação e manutenção de duas linhas-tronco para o fornecimento de energia para as cidades Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Os trens da linha quatro do metrô do Rio de Janeiro, aberta antes dos jogos, foram fabricados e entregues pela chinesa CRRC, enquanto a companhia de máquinas construtoras Sany da China ofereceu escavadoras e escavadeiras para a construção dos estádios e vila olímpica. Outras empresa chinesas ofereceram produtos como máquinas de raio X para controle de segurança, telas, aparelhos de ar condicionados, etc. para os jogos.

-- Em 18 de maio de 2016, o projeto de transmissão elétrica Teles Pires, que conecta as usinas hidrelétricas do rio Teles Pires, foi concluído e posto em operação. O projeto, com um investimento total de US$ 1,14 bilhão, foi leiloado em março de 2012 e um consórcio entre a Malha Estatal chinesa e a COPEL ganhou a licitação.

-- Em 13 de abril de 2016, a State Grid Brazil Holding, filial da gigante de malhas elétricas chinesa, venceu no leilão da Aneel e conseguiu contratos para operar dois empreendimentos de transmissão de energia em Paranatinga, Mato Grosso, com preços de US$ 95,6 milhões e US$ 17,5 milhões, respectivamente.

-- Em 25 de novembro de 2015, a companhia China Three Gorges (CTG) venceu o leilão das usinas Jupiá e Ilha Solteira, localizadas no rio Paraná. Com a aquisição de US$ 3,7 bilhões das usinas hidrelétricas, de capacidade instalada total de aproximadamente 5 GW, a CTG Brasil se tornou a segunda maior geradora privada de energia do Brasil.

-- Em 24 de novembro de 2015, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras anunciou a venda de 23,7% de seu capital por US$ 450 milhões para o grupo chinês HNA, que se torna, desta maneira, o maior acionista singular da brasileira. O HNA é o proprietário da Hainan Airlines.

PORTUGAL

-- A Beijing Capital Airlines anunciou que abrirá uma rota aérea direta entre Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, e Lisboa, no dia 26 de julho de 2017. Os voos serão feitos nas quarta e sexta-feiras e domingos, com escala em Beijing. A empresa aérea é uma subsidiária do grupo HNA.

-- Em 1º de março de 2017, A China Triumph International Engineering Company (CTIEC), filial do grupo China National Building Materials (CNBM), iniciou as obras da central solar Solara4 em Alcoutim, distrito de Faro, Portugal, com uma capacidade instalada de 220 megawatts. O projeto, com um investimento de 200 milhões de euros, foi concedido ao consórcio entre a empresa chinesa e a irlandesa Welink Energy em novembro de 2016.

-- Em 27 de fevereiro de 2017, a EDP Renováveis (EDPR), subsidiária do grupo EDP, vendeu 49% de seus ativos eólicos em Portugal à ACE Fund SPV, ao preço de 242 milhões de euros. A ACE Fund SPV é uma empresa filial da ACE Investment Fund LP, controlada pelo grupo China Three Gorges, que, por sua vez, é o maior acionista do grupo EDP com 21,35% de participação acionária. O negócio envolve 422 megawatts de projetos eólicos em Portugal.

ANGOLA

-- Em 24 de abril de 2017, a CITIC Construction Co., Ltd., subsidiária do grupo chinês CITIC, começou a construir a segunda fase da cidade de Kilamba Kiaxi, a 30 quilômetros da capital Luanda, com um investimento total de US$ 600 milhões. A primeira fase do projeto foi concluída em 2012, com investimento de US$ 3,5 bilhões e 22 mil habitações, abrigando atualmente mais de 200 mil pessoas.

-- Em 6 de abril de 2017, uma barragem hidrelétrica que começou a ser construída em 1981 no leste de Angola foi inaugurada em Lunda Sul pela companhia chinesa Sinohydro, com um investimento de US$ 97 milhões. O projeto, no rio Chiumbue e com capacidade instalada de 12,42 megawatts, foi retomado em julho de 2014.

-- Em março de 2017, o governo angolano contratou a China Harbour Engineering Company (CHEC) e a Sinohydro Corporation, proprietária da primeira, para construir projetos de desenvolvimento de infraestruturas integradas da cidade de Sumbe, capital da província de Cuanza Sul, para melhorar o saneamento básico e malha urbana da cidade. O acordo foi avaliado em US$ 459 milhões.

-- Em outubro de 2016, a obra de reabilitação e reforço no aproveitamento hidrelétrico no rio Luachimo, na província de Luanda Norte, foi lançada pela empresa China Gezhouba Group Corporation, com investimento de US$ 210 milhões. O projeto foi financiado pelo banco chinês Industrial and Commercial Bank of China (ICBC).

-- Em agosto de 2016, a empresa chinesa Sinohydro foi contratada pelo governo angolano para reparo de três seções de estrada nas províncias de Cuanza Sul, Cuanza Norte e Malanje com um orçamento de US$ 127,7 milhões. Além disso, outras cinco obras públicas foram concedidas a empresas chinesas com um valor total de US$ 163,5 milhões, todas financiadas pela linha de crédito concedida pela China a Angola.

-- Em julho de 2016, a empresa chinesa China Railway Construction Corporation Limited (CRCC) conseguiu um contrato para requalificar e modernizar o aeroporto Maria Mambo Café de Cabinda, com um orçamento de US$ 185 milhões. O projeto deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2018.

-- Em julho de 2015, um consórcio composto pela China Gezhouba Group Corporation e Niara Holding foi contratado pelo governo angolano para construir uma central hidrelétrica em Caculo Cabaça, com um investimento total de US$ 4,5 bilhões. A obra, com um prazo de construção de 80 meses, terá uma capacidade de 2171 megawatts.

MOÇAMBIQUE

-- Em março de 2017, a empresa chinesa CCEC, em parceria com a portuguesa Mota-Engil, ganhou um contrato para construir uma linha ferroviária de 500 quilômetros entre a zona mineira de Moatize, na província de Tete, e o porto de Macuse, e um porto de águas profundas na província de Zambézia, Moçambique. O contrato teve um valor total de US$ 2,3 bilhões.

-- Em março de 2016, a SacOil Holdings, uma companhia sul-africana, anunciou a assinatura de um acordo sobre a construção de um gasoduto, orçado em US$ 6 bilhões e com uma extensão de 2.600 quilômetros, que ligará a Bacia do Rovuma, na região norte de Moçambique, e a província de Gauteng, na África do Sul. Assinaram o acordo a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH), SacOil, Profin Consulting e a China Petroleum Pipeline Bureau (CPP).

-- Em janeiro de 2016, a empresa chinesa Shanghai Electric Power (SEP) concordou em investir US$ 25,5 milhões em um projeto de produção de energia em Moçambique para obter uma participação de 60% na Ncondezi Power Company (NPC). A NPC era uma subsidiária do grupo britânico Ncondezi Energy.

GUINÉ-BISSAU

-- Em 26 de janeiro de 2016, uma cerimônia foi realizada em Bissau para entregar o Palácio da Justiça, financiado pela China e construído pela empresa chinesa Jiangsu Jiangdu Construction Group Co.para as autoridades guineenses. O prédio, com quatro blocos, teve um investimento de US$ 20 milhões.

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

-- Em 25 de abril de 2017, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe Patrice Trovoada anunciou que a China vai doar ao país uma verba de US$ 146 milhões a ser aplicada na construção de infraestruturas, entre as quais obras de modernização do aeroporto internacional de São Tomé e a construção de um porto de águas profundas.

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