Jack Ma, fundador e presidente do grupo Alibaba, e o então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prestam declarações à imprensa, após um encontro na Trump Tower, em Nova Iorque, a 9 de janeiro de 2017.
Jack Ma, o presidente do Grupo Alibaba, começou a tomar medidas no sentido de cumprir a promessa deixada ao atual presidente norte-americano: garantir que 1 milhão de pequenas e médias empresas norte-americanas passem a constar das plataformas do Alibaba, para vender os seus produtos no mercado chinês, cuja classe média tem crescido de forma consistente, bem como criar um milhão de empregos nos EUA.
Ma anunciou na terça-feira que o Alibaba irá organizar uma conferência de dois dias em Detroit, em junho, para garantir formação aos negócios americanos e auxiliar a que estes tenham acesso à carteira de 443 milhões de consumidores do Alibaba na China.
“Somos já um portal de acesso aos consumidores chineses para milhares de marcas, varejistas e empresas. Queremos expandir as possibilidades desse portal e tornar mais fácil aos empreendedores americanos, pequenos negócios e agricultores, aproveitarem as vantagens desta oportunidade na China”, afirmou Ma, o também fundador do Alibaba, em uma carta aberta.
Apelidada de “Gateway 17”, a conferência terá lugar nos dias 20 e 21 de junho e deverá atrair mais de 1,000 negócios americanos, segundo revelou a empresa em um comunicado. Ma irá discursar durante o evento.
Ma encontrou-se com Trump em Nova Iorque em janeiro, pouco depois do último ter sido eleito presidente dos EUA, para discutir de que forma o Alibaba poderia ajudar a criar empregos no país. Ma prometeu que iria ajudar a criar 1 milhão de empregos ao longo de 5 anos, ao permitir que pequenos negócios passassem a vender nas plataformas de comércio eletrônico, principalmente o Taobao e Tmall.
Jennifer Kuperman, diretor de comunicação internacional corporativa do Alibaba, disse que 1 milhão é apenas “conservador”.
“Se pensar no número de negócios na nossa plataforma, mesmo que eles contratem apenas uma pessoa para ajudar com a demanda dos consumidores chineses, facilmente se criaria um milhão de empregos, é muito simples. Achamos que esse número, basicamente, é conservador, porque acreditamos que vamos atingir números mais avultados durante os próximos 5 anos”, disse Kuperman.
Brion Tingler, diretor de negócios externos do Alibaba, disse que Detroit se afigurava como uma localização ideal para o evento.
“Detroit tem um historial de vendas para a China. A cidade é também considerada o lar do melhor que a América tem para oferecer ao nível da inovação, sendo a sua localização conveniente para atrair pequenos negociantes”, asseverou.
O governador do Michigan, Rick Snyder, disse que a China é “um mercado importante e viável para um grande leque de produtos e serviços. Este evento irá abrir as portas aos negócios do Michigan, aos agricultores e empreendedores ao ajudá-los a identificar e criar novas relações ali”.
Brian Gao, presidente da Associação Chinesa de Negócios de Detroit, revelou que o seu grupo está satisfeito por ver Detroit escolhida como cidade anfitriã.
“A ACND considera Jack Ma um dos mais importantes empreendedores do séc. XXI, e o fato de ele organizar a sua única palestra pública de 2017 em Detroit trás um certo regozijo para a nossa organização e para o estado do Michigan”, disse Gao.