Atualmente é possível, em apenas 15 dias, que um Range Rover fabricado em Nurembergue, na Alemanha, possa percorrer as estradas de Chengdu, capital da província de Sichuan, no sudoeste da China.
O comércio exterior de Chengdu abrange já a Ásia Central e o continente europeu, através do apoio logístico facultado pela rota de mercadorias China-Europa.
“Ao invés dos 35 dias do passado, o transporte de mercadorias para a Europa leva agora apenas 15 dias — uma redução para metade do tempo”, disse Gao Yunfei, gerente assistente da Companhia de Importação e Exportação Shenghe Ltd, com sede em Chengdu.
Para ele, o tempo economizado em deslocações é muito importante para o setor de exportação de plantas, no qual a sua está incluída.
No final de 2016, um lote de flores produzidas em Wenjiang, também na província de Sichuan, chegou à Holanda em 13 dias de viagem, o que deu o início à carreira de exportação chinesa de plantas por via ferroviária.
Sem abastecimento de eletricidade para o trem nos territórios fora da China, a transportadora pediu para fabricar uma série de contêineres especiais a fim de responder às necessidades de climatização das plantas. Os operadores podem comandar à distancia a temperatura e a densidade do oxigênio dentro dos contêineres.
Em fevereiro de 2015, Chengdu recebeu autorização para construir um porto terrestre de importação de veículos motorizados, pondo fim a uma história de dezenas de anos a um acesso circunscrito ao porto marítimo de Tianjin ou de Shanghai.
Desde o ano passado, mais de 200 veículos da marca Range Rover, Bentley e BMW foram importados pelo caminho ferroviário China-Europa.
Em 26 de abril de 2013, foi inaugurado um trem de mercadorias a contetar Chengdu e Lodz, na Polônia.
Com o funcionamento regular dos trens, a região sudoeste da China estende o mercado de exportação à Ásia Central e Europa.
De acordo com as autoridades locais, Chengdu terá mais de 1,000 trens com ligações à Europa este ano. Os planos apontam para que até 2020 esse número venha a duplicar.