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| Theresa May, fala aos jornalistas à porta do número 10 de Downing Street, a 18 de abril de 2017. |
LONDRES, 19 de abril (Diário do Povo Online) – A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que vai convocar eleições legislativas antecipadas para o dia 8 de junho do presente ano, num comunicado inesperado, realizado à porta do número 10 de Downing Street.
May justificou a reviravolta, alegando que os restantes partidos se opõem aos planos do executivo para o “Brexit”, sendo que a instabilidade daí proveniente dificultará a negociação com os parceiros europeus.
"O país está se unindo, Westminster não", disse May em sua declaração.
May afirmou que a única forma de garantir certeza e estabilidade para os próximos anos é "realizar esta eleição e obter o apoio [dos eleitores] para orientar as decisões que devo tomar".
"Se não realizarmos eleições gerais agora, o jogo político dos outros partidos continuará. Esta divisão em Westminster irá por em causa a nossa capacidade de sermos bem-sucedidos no processo do Brexit", reforçou May.
May concluiu a sua declaração dizendo "foi com relutância que decidi convocar estas eleições, mas é com convicção que digo que é necessário manter uma liderança forte e estável".
Na próxima terça-feira, May irá dirigir-se à Casa dos Comuns para traçar a legislação necessária para a antecipação das eleições legislativas.
De acordo com a lei, não deveriam ser realizadas eleições até maio de 2020, e até ontem, May insistia que não anteciparia o processo eleitoral. Para que a antecipação das eleições avance, dois terços dos deputados devem votar a favor.
May acrescentou que os membros do gabinete concordaram com a sua decisão em uma reunião realizada no número 10 de Downing Street antes do comunicado aos jornalistas.
Embora, entre os britânicos, May granjeie uma elevada popularidade, ela apenas tem uma pequena maioria na Câmara dos Comuns.
Observadores políticos acreditam que May quer acelerar a resolução efetiva do desfecho do Brexit com o apoio do país. A sua esperança é que os eleitores da Grã-Bretanha lhe confiram a maioria na Câmara dos Comuns, enquanto são mantidas as negociações do Brexit com a União Europeia.
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