Donald Trump participa de uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, levada a cabo no Quarto Este da Casa Branca, em Washington, a 12 de abril de 2017

Os EUA “não estão de todo a se entender com a Rússia”, e as relações entre os dois países poderão atravessar “um dos pontos mais baixos”, disse Donald Trump na quarta-feira.

Trump proferiu tais alocuções durante uma coletiva de imprensa conjunta, na qual participou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na Casa Branca. As declarações surgem pouco depois do secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, dizer em Moscou que os EUA e a Rússia haviam atingido o “ponto baixo” nas relações.

O governo russo condenou a utilização de mísseis por parte dos EUA contra uma base aérea síria na última quinta-feira, tendo apelidado a investida americana de “agressão contra um estado soberano, em violação das leis internacionais”.

Na coletiva de quarta-feira, Trump defendeu a sua decisão de lançar 59 mísseis ‘Tomahawk’ contra a base aérea síria, em resposta ao ataque químico cuja responsabilidade foi atribuída ao governo sírio pelos EUA.

 “Tal não deve ser permitido. É uma carnificina”, disse Trump. “Como tal, senti que tínhamos que fazer alguma coisa a esse respeito. Não tenho quaisquer dúvidas de que tomamos a atitude certa. E foi muito, muito bem efetuada”.

Questionado relativamente ao conhecimento prévio da Rússia relativamente ao alegado uso de armas químicas pelo governo sírio, Trump disse que seria “possível”, mas “improvável” que a Rússia soubesse de antemão do plano sírio de lançar um ataque de armas químicas sobre os seus próprios cidadãos.

 “Eu sei que eles estão a fazer investigações sobre isso agora mesmo. Eu gostaria de pensar que eles não sabiam, mas certamente que poderiam saber. Eles estavam lá. Nós iremos brevemente confirmar”, disse Trump.

Stoltenberg disse que dentro da aliança da NATO, a ação militar americana na Síria foi recebida com compreensão.

“Qualquer uso de armas químicas é inaceitável, não pode ocorrer sem uma réplica e todos os responsáveis têm que ser responder por tais atos”, vincou o líder da NATO.