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Táticas inteligentes ajudam a China a alcançar objetivos monetários

Fonte: Xinhua    13.04.2017 13h39

Beijing, 13 abr (Xinhua) -- O banco central chinês está enfrentando muitos objetivos conflitantes com direções opostas, mas o uso hábil das diversas ferramentas monetárias está ajudando a aliviar as tensões e alcançar as metas.

No último ano, o Banco Popular da China (BPC) evitou cortes de taxas de juros e alterar o depósito compulsório. Uma faixa expandida de ferramentas, como acordos de recompra reversa e facilidades de empréstimos, está sendo usada para administrar a liquidez e apoiar o crescimento.

Na quarta-feira, o BPC descartou novamente leilões de acordos de recompra reversa, abstendo-se de acrescentar dinheiro ao sistema bancário por 13 dias, a extensão mais longa desde que as operações diárias no mercado aberto começaram no início do ano passado.

Desde 24 de março, o BPC tirou 490 bilhões de yuans (US$ 71 bilhões) do sistema, dizendo que a liquidez permanece em um "nível relativamente alto" apesar de um declínio leve.

A omissão dos leilões de acordos de recompra reversa reduz a alavancagem no sistema e alivia bolhas em ativos, segundo Wen Bin, pesquisador do Banco Minsheng da China.

O BPC também tem dever de ajudar a estabilizar preços, apoiar o yuan, a moeda chinesa, e ficar concentrado em crescimento em uma economia em reestruturação que está expandindo ao ritmo mais lento em um quarto do século.

No ano passado, o presidente do BPC, Zhou Xiaochuan, prometeu um modo mais "dinâmico" de administrar a oferta monetária para atender às demandas da reforma e desenvolvimento. Em 2015, o banco rebaixou cinco vezes tanto as taxas de juros de referência como o depósito compulsório, mas em 2016 cortou só uma vez este último, no início do ano.

Quedas nas taxas de juros ou depósito compulsório podem estimular o crescimento, mas também causam riscos de abastecer especulação sobre a flexibilização monetária, inflar bolhas em ativos e colocar o yuan sob pressão.

A nova tática do banco, de abandonar as ferramentas tradicionais, sugere atenção crescente para os riscos financeiros novos, neutralização antecipada deles e foco na redução da alavancagem. Ao deixar as taxas de referência inalteradas, o banco central pode garantir a liquidez, obrigar uso mais eficiente do capital e redução da alavancagem sem sufocar a recuperação promissora da economia no ano passado.

Wang Chuan, da Academia Nacional para Estratégia Econômica, quer que o BPC expanda seu conjunto de ferramentas para a gestão da liquidez a curto prazo e priorize a estabilização de preços e a reestruturação econômica.

As melhoras constantes na economia, junto com uma inflação moderada, dão ao banco central mais espaço para manobrar. Os dados divulgados quarta-feira mostraram que o crescimento da inflação ao consumidor ficou abaixo de 0,9% em março, enquanto os preços na porta da fábrica aumentaram em um ritmo mais lento, mais uma prova de crescimento econômico firme e uma inflação moderada.

O BPC provavelmente continuará a elevar levemente as taxas de mercado, mas isso se deve mais à debilidade do yuan e redução da alavancagem do que inflação, segundo o economista-chefe da Bloomberg para a Ásia, Tom Orlik.

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