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China: Lançamento de satélite marca início de nova era de comunicações (3)

Fonte: Diário do Povo Online    13.04.2017 10h17
China: Lançamento de satélite marca início de nova era de comunicações
O satélite de comunicações mais avançado da China, “Shijian 13”, foi lançado a partir do Centro de Lançamento de Satélites Xichang, na província de Sichuan, na quarta-feira.
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XICHANG, 13 de abr (Diário do Povo Online) - A China lançou o seu satélite de comunicações mais avançado até à data, às 19h04 desta quarta-feira (12), marcando o início do desenvolvimento de uma ampla rede de comunicações no espaço.

O Shijian 13, desenvolvido pela Academia de Tecnologia Espacial da China, baseado na sua plataforma de satélite de comunicações DFH-3B, foi lançado juntamente com foguetão Longa Marcha 3B, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan.

O satélite, com um peso de 4,6 toneladas métricas, deverá permanecer em uma órbita geoestacionária, a cerca de 36 mil quilômetros da Terra, nos próximos 15 anos, informou a academia.

O Shijian 13 possui um sistema de banda larga Ka capaz de transmitir 20 gigabytes de dados por segundo, tornando-o no satélite de comunicações mais poderoso do país.

Zhao Jian, funcionário do programa espacial da Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, que supervisiona os programas espaciais da China, disse que a capacidade de transmissão do Shijian 13 excede a capacidade total de todos os anteriores satélites de comunicações do país.

Zhao acrescentou que, além das missões de comunicação, o satélite também irá realizar experiências de comunicação de laser espaço-terra.

Zhou Zhicheng, diretor do Instituto de Tecnologia de Satélite da Academia de Tecnologia da China, refere que o Shijian 13 fará uso da propulsão elétrica depois de entrar em órbita, reduzindo, assim, a quantidade de combustível químico que o satélite necessita.

Atualmente, a maioria dos satélites depende da propulsão química, necessitando de uma grande quantidade de combustível, o que representa uma grande parte da carga e restringe o peso de instrumentos científicos que um satélite pode transportar.

Zhou explicou que o Shijian 13 será capaz de cobrir a maior parte do território terrestre da China e ajudará, por exemplo, a permitir que passageiros em aviões e trens de alta velocidade acedam à internet.

Os países em desenvolvimento têm uma enorme demanda desse tipo de satélites de comunicação, não apenas pela sua capacidade, mas também por poderem acomodar vários tipos de equipamentos, de acordo com os requisitos dos clientes, adicionou Zhou.

A academia já produziu sete satélites de comunicação para outros países, incluindo o Paquistão, Venezuela e Laos, e está atualmente na fase de finalização do contrato para a exportação de mais 10 satélites desse tipo, referiu.

No entanto, Zhou afirma que a China não está ainda ao nível dos principais desenvolvedores de satélites de comunicações dos Estados Unidos e da Europa, como a Boeing e Thales Alenia Space.

Deste modo, em resposta, o país desenvolverá vários novos tipos de satélites de comunicações avançados, incluindo satélites de transmissão multimídia e de banda larga, reforçou Zhou.

Em junho, o satélite de comunicações Shijian 18, o primeiro a ser desenvolvido com base na plataforma de nova geração de satélites da China, DFH-5, será lançado por um foguetão Longa Marcha 5 a partir do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na província de Hainan.

Zhou revelou que a capacidade global do Shijian 18 será maior que a de todos os satélites de comunicações atualmente utilizados por outras nações, e o seu serviço irá melhorar a conectividade e acessibilidade à internet, assim como reduzir os custos de utilização dos usuários chineses.  


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