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Apple espera explorar mercado chinês mais a fundo ante concorrência crescente

Fonte: Xinhua    22.03.2017 13h45

Beijing, 22 mar (Xinhua) -- A Apple espera que seus negócios e iniciativas sociais possam ir mais longe e mais a fundo na China, que tem uma "força enorme", disse o CEO Tim Cook.

Cook chegou ao país asiático na semana passada para participar do Fórum de Desenvolvimento da China 2017. Suas viagens à China com frequência incluem visitas aos desenvolvedores locais de iOS.

"A força é tremenda", comentou em uma entrevista feita na terça-feira. A Apple pagou aos desenvolvedores chineses um total de 90 bilhões de yuans (US$ 13 bilhões) desde que sua loja de aplicativos foi aberta em 2008. Dos quais, 40 bilhões de yuans foram desembolsados nos últimos 12 meses.

Na China, existem cerca de 1,8 milhão de desenvolvedores de iOS, e o país tem 700 milhões de usuários de internet móvel. A China superou os Estados Unidos no número de downloads da iOS App Store em 2015 e ficou no primeiro lugar em receitas na iOS App Store.

Em termos de desenvolvimento de aplicativos, a China está crescendo mais rápido que qualquer outro país, acrescentou Cook.

"Não existe nenhum lugar melhor para que os empreendedores e inovadores comecem e fazem seus negócios, não só por um enorme mercado doméstico, mas também por exportar seus talentos ao mundo", afirmou.

Durante sua visita, a Apple anunciou planos para abrir, com um investimento de mais de 3,5 bilhões de yuans, centros de pesquisa e desenvolvimento em Shanghai e Suzhou, além de dois que já operam em Beijing e Shenzhen.

A Apple entrou no mercado chinês há mais de três décadas, tem 46 lojas e a grande maioria de sua cadeia de fornecimento global na China. A presença da Apple leva para o país 4,8 milhões de empregos.

Em maio de 2016, a companhia fez um investimento "raro" de US$ 1 bilhão no aplicativo de mobilidade sob demanda Didi Chuxing e tem promovido iniciativas ambientais na China. A última ação foi a utilização de uma floresta sustentável com 130 mil hectares no sul da China como fonte de papel de embalagem.

Ao descrever a posição de sua companhia na China como uma com "raízes muito profundas", Cook assinalou que os laços estão ampliando e aprofundando.

Quanto aos crescentes desafios que representam os rivais chineses Huawei, OPPO e Vivo, o CEO da Apple admitiu que existem mais concorrentes na China que em qualquer outro lugar do mundo, mas acha que a maioria destes produtores compete entre si pelo negócio do Android.

A Apple, segundo Cook, respeita a concorrrência, algo que faz com que todos os participantes melhores e continuará produzindo os melhores produtos, não com maior quantidade, e continuará enriquecendo a vida das pessoas.

As marcas chinesas de smartphone --OPPO, Huawei e Vivo--, superaram a Apple, dos EUA, e a Xiaomi se tornando as três marcas mais vendidas na China em 2016, segundo um relatório divulgado no início deste ano pela International Data Corporation (IDC, em inglês).

A Apple caiu do terceiro lugar em 2015 para o quarto em 2016, com as remessas à China despencando 23,2% para 44,9 milhões de unidades.

No âmbito mundial, as cinco marcas mais vendidas no ano passado foram Samsung, Apple, Huawei, OPPO e Vivo.