A China sediará a Cúpula de Cooperação Internacional de “Um Cinturão e Uma Rota”, em maio, e a Cúpula de BRICS, em setembro, dois eventos de grande importância tanto para a China como para o Brasil, afirmou Li Jinzhang, embaixador chinês no Brasil, também membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh).
Durante as “Duas Sessões” da China, Li Jinzhang afirmou à imprensa que os dois eventos supracitados estão vinculados com o Brasil.
“A iniciativa ‘Um Cinturão e Uma Rota’ tem gerado uma ampla influência na Ásia e Europa, recebendo respostas positivas. Distantes da China, muitos brasileiros também têm vontade de participar nesta proposta chinesa e de acoplar o desenvolvimento socioeconômico do Brasil com as diretrizes e projetos da iniciativa”, afirmou Li Jinzhang, elogiando os esforços dos brasileiros.
A Cúpula da Cooperação Internacional do “Cinturão e Rota” será realizada em Beijing no mês de maio. Vários países latino-americanos irão enviar delegações de alto nível para a China, revelou Li, acrescentando que os países latino-americanos participam da cúpula, tanto para se inserirem no grande quadro do desenvolvimento socioeconômico, como por motivos históricos.
“Historicamente, a rota de seda marítima foi estendida da região litoral da China, como Guangdong e Fujian, para o México, através do Mar do Sul da China, e posteriormente, para todo o hemisfério ocidental. Naquela altura, esta rota desempenhou um papel crítico na promoção da cooperação comercial e econômica entre a China, o resto da Ásia e todo o hemisfério ocidental”.
Na nova época, a região Ásia-Pacífico passou a ser um elo do crescimento da economia mundial. Para o embaixador, os países latino-americanos atribuem muita importância aos laços com a Ásia. Nos últimos anos, a China obteve avanços essenciais na cooperação pragmática com a América Latina no comércio, investimento e finanças. “Os dados mostram que a China já é o maior parceiro comercial de muitos países latino-americanos”, afirmou Li.
Os membros do BRICS irão se reunir na cidade chinesa de Xiamen, em setembro do ano corrente. Li Jinzhang acredita que isso impulsionará uma nova fase do mecanismo da cooperação do BRICS, apontando que os membros do BRICS depositam grande esperança no evento, com grande entusiasmo e vontade política.
“Toda a gente deseja que a cúpula estimule novamente os mercados emergentes, representados pelos países BRICS, reforçando a cooperação entre os países em desenvolvimento e ajudando na recuperação da economia mundial”, afirmou Li Jinzhang.