Beijing, 13 mar (Xinhua) -- Assessores políticos chineses se reuniram sábado para juntar sabedoria sobre a crença religiosa, relações através do Estreito, segurança de alimentos, governança financeira, reforma judicial e trabalho da Frente Unificada, entre outros tópicos.
Quatorze membros do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), o principal órgão de assessoria política do país, discursaram numa reunião plenária no Grande Palácio do Povo.
Yu Zhengsheng, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente do Comitê Nacional da CCPPCh, participou da reunião plenária.
Durante a reunião, o 11º Panchen Lama Bainqen Erdini Qoigyijabu lamentou que alguns templos e monges budistas sejam corroídos pela comercialização e pediu aos seguidores que se comportem corretamente.
O Panchen Lama disse que com a comercialização alguns monges procuram dinheiro e poder em vez de defender a ética budista ou se concentrar nas buscas budistas.
O monge de de alto escalão de 27 anos de idade, também vice-presidente da Associação Budista da China, disse que, embora esses fenômenos e pessoas não sejam tendência dominante, deixaram uma influência "extremamente ruim".
O Panchen Lama contou que ele está preocupado sobre os esforços insuficientes em fomentar talento, pois alguns templos têm monges mas não instrutores, têm manuscritos budistas mas não ensino. Pregar é impossível sem uma boa equipe de instrutores budistas.
Para acompanhar as necessidades do tempo, as doutrinas budistas devem ser interpretadas em modos compatíveis com a realidade e progresso social do país, de forma que a religião possa desempenhar seu papel positivo para avançar os desenvolvimentos sociais e econômicos, disse.
O Panchen Lama disse sentir "uma missão de nosso tempo" --ou seja, ser patriótico, amar a religião, e contribuir esforços para o rejuvenescimento da nação chinesa e o bem-estar do humano.
Jiang Liping, em nome do Comitê Central da Liga de Governo Autônomo Democrático de Taiwan, pediu às autoridades de Taiwan que reconheçam o Consenso 1992 e conduzam consulta e cooperação com a parte continental da China sob o quadro de Uma Só China.
Jiang disse que o povo chinês tem uma postura clara e inabalável no que diz respeito aos principais assuntos relativos à reunificação nacional e desenvolvimento duradouro. "Não haverá compromisso ou oscilação."
A liga é um dos oito partidos não comunistas na parte continental da China. Consiste em nativos de Taiwan que vivem na parte continental e foi fundada em 1947. Tem mais de 2,7 mil membros registrados.
Jiang elogiou as políticas favoráveis da parte continental da China, que ajudaram os jovens taiwaneses a estudar e realizar melhor desenvolvimento na parte continental. Porém, os intercâmbios entre os jovens através do Estreito foram prejudicados desde que a administração do Partido Democrata Progressista de Taiwan se recusou a reconhecer o Consenso 1992.
Gao Youdong pediu esforços para melhorar a proteção de propriedade intelectual por melhor legislação e criar um sistema de credibilidade sob o qual atos de violação serão registrados.
Cai Dafeng disse que o governo deve revelar mais informações conforme a lei e melhorar o sistema de gestão de integridade para impulsionar a credibilidade do governo.
Liu Xiaozhuang propôs fazer um censo abrangente sobre a poluição de água e solo relacionada com a agricultura e reduzir a poluição com o uso da tecnologia avançada.
Liu também pediu mais esforços para revisar a lei sobre a segurança dos produtos agrícolas para garantir a segurança alimentar.
Wang Dongsheng aconselhou que a China participe da governança financeira mundial em um mais alto nível e ajude a impulsionar a reforma financeira mundial.
Wang também observou que a China pode contribuir com sua sabedoria para construir uma ordem financeira internacional que seja inovadora, mutuamente benéfica, compartilhada e inclusiva.