Capital chinesa prepara-se para dar lugar a megametrópole Beijing-Tianjin-Hebei

Fonte: Diário do Povo Online    20.02.2017 14h41

O desenvolvimento integrado e sinergético de Beijing, Tianjin e da província de Hebei — uma estratégia nacional para preparar o caminho para o novo motor de crescimento do país — deverá criar uma cidade global e conferir um novo vigor à baía de Bohai para as próximas décadas, de acordo com as instituições de planeamento económico chinesas.

 “O significado do desenvolvimento sinergético Beijing, Tianjin e Hebei reside no facto de, não só aumentar a eficiência de crescimento e a eficácia das cidades próximas, como também permite à capital tornar-se um cluster de cidades capaz de dinamizar toda a extensão da baía Bohai, no norte da China”, disse Xu Shaoshi, diretor da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional, durante uma entrevista com o jornal China Daily no domingo.

A região Beijing-Tianjin-Hebei tem uma densidade populacional superior às cidades principais na foz do rio Yangtzé, tendo que se basear em novas formas de crescimento que sejam eficientes no equilíbrio entre o espaço, crescimento económico e crescimento cooperativo e sinergético, disse Xu.

Iniciada em 2014 pelo presidente Xi Jinping, a estratégia nacional de sinergia do desenvolvimento de Beijing, Tianjin e Hebei provém de um objetivo de longa data de garantir o desenvolvimento equilibrado e integrado da região.

Três anos depois, progressos substanciais foram já consumados, sendo que mais projetos no âmbito da inovação e melhoramento do setor industrial estão já em curso.

Entre estes projetos podemos encontrar o novo Aeroporto Internacional Beijing Daxing, a segunda fase do complexo de aço Shougang Jingtang, em Caofeidian, entre outros projetos de tráfego e de proteção ambiental.

A zona piloto de comércio livre de Tianjin e o Parque de Ciência de Zhongguancun irão também desempenhar um papel mais ativo, encorajando investimentos e financiamento internacional, e o empreendedorismo, de acordo com Xu.

Aproveitando as vantagens das suas zonas de comércio livre e infraestruturas portuárias, Tianjin está a criar novas formas inovadoras para auxiliar empresas de Beijing e Hebei a internacionalizarem-se, disse Shen Lei, um oficial da zona portuária de comércio livre Dongjiang.

Como parte da estratégia de integração regional, a capital deverá providenciar apoio a Tianjin e Hebei no melhoramento da sua capacidade manufatureira, bem como a sua capacidade de inovação.

 “Devido às vantagens ao nível de talento abundante e investigação e desenvolvimento, Beijing irá abastecer o desenvolvimento de toda a região. Encorajamos empresas a investir em Hebei e Tianjin, gerando emprego e beneficiando os residentes locais”, disse Cai Qi, prefeito da capital.

No ano de 2016, o investimento de Beijing em Tianjin e Hebei disparou. As empresas de Beijing investiram 114 bilhões de yuans em Hebei e quase 90 bilhões em Tianjin, um aumento de 100% e 26% face ao ano transato.

O investimento canalizado para o setor de tecnologia de ponta a partir da capital para Tianjin e Hebei foi de 15.4 bilhões em 2016, um aumento de 38.7% em termos homólogos.

A fábrica da Hyundai de Cangzhou, na província de Hebei, a 4ª fábrica da Beijing Hyundai Motor e a primeira fora da capital, é o maior projeto industrial integrado da região, com um investimento total de 7.4 bilhões de yuans.

A fábrica abriu em outubro, criando diretamente mais de 3,000 empregos. Lang Jiawei, vice-diretor da Beijing Hyundai, disse que a fábrica de Cangzhou irá estimular a criação de uma cadeia industrial automóvel avaliada em 100 bilhões de yuans em Hebei.

Ao facultar auxílio às regiões vizinhas, Beijing está também a afinar a sua estrutura económica e a buscar uma migração de potência manufatureira para um polo cultural, financeiro e de serviços de ponta, de acordo com Wang Haichen, oficial da Comissão de Desenvolvimento e Reforma de Beijing.

Estatísticas recentes revelam que o PIB agregado de Beijing, Tianjin e Hebei perfazem mais de 10% do total do país em 2016, atingindo os 7.46 trilhões de yuans.

A foz do rio Yangtzé, com Shanghai na vanguarda, ocupa o lugar cimeiro das regiões de desenvolvimento regional, com um PIB avaliado em 17.9 trilhões de yuans, 24% do total nacional do ano passado. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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