Beijing, 20 fev (Xinhua) -- Os principais meios de comunicação da China publicaram artigos nos quais descreveram as mudanças nas reportagens noticiosas desde que o presidente Xi Jinping pronunciou um discurso sobre os meios de comunicação e o trabalho de publicidade do Partido Comunista da China (PCCh).
Em 19 de fevereiro do ano passado, Xi, também secretário geral do Comitê Central do PCCh, visitou o Diário do Povo, a Agência de Notícias Xinhua e a Televisão Central da China (CCTV), que são as principais fornecedores de notícias do país. Mais tarde no mesmo dia, presidiu um simpósio sobre o trabalho nos meios de comunicação do Partido.
Durante o simpósio, Xi ordenou que todos os meios de comunicação operados pelo PCCh e pelo governo chinês seguissem estritamente a liderança do Partido e se focassem na "informação positiva".
De acordo com Xi, o trabalho da mídia do Partido deve unir e orientar o público em geral, servir aos interesses gerais do país, diferenciar o certo do errado e conectar a China com o mundo.
O presidente chinês pediu conceitos, conteúdos e métodos inovadores e disse para os grupos de mídia utilizarem a vantagem dos novos meios em publicidade, ampliarem suas vozes no cenário internacional, contarem boas histórias sobre a China e construírem grupos de mídia emblemáticos com uma forte influencia global.
O Diário do Povo publicou no domingo um artigo dizendo que no ano passado houve enormes mudanças em todos os meios de comunicação graças à "nova vitalidade" depois do discurso de Xi.
A credibilidade dos principais meios de comunicação melhorou de forma destacada, indicou o artigo, acrescentando que têm se tornado mais influentes e sua produção é mais interessante e convencedor.
O artigo elogiou a "voz fundamentada" dos meios de comunicação quando cobrem assuntos de interesse público como emprego, serviços de saúde, educação e segurança alimentar. Também elogiou a "criatividade e inovação" dos produtos na internet e nos novos produtos de mídia.
Um comentário publicado na sexta-feira pela Xinhua indicou que o trabalho dos meios de comunicação no último ano tinha gerado uma energia positiva que motivou as pessoas a trabalhar pela realização do sonho chinês da grande revitalização nacional.
Outros artigos também destacaram as mudanças destinadas a contar melhor as histórias chinesas.
Uma das ações mais importantes para o objetivo foi a criação da Cadeia Global de Televisão da China (CGTN, na sigla em inglês) pela CCTV no final de 2016.
As estatísticas mostraram que o conteúdo da CGTN foi consultado por cerca de 400 milhões de usuários de países e regiões do mundo inteiro, uma clara indicação de seu alcance global.
Os observadores dizem que o mundo está vendo a China como nunca antes. No entanto, continua existindo uma brecha entre a verdadeira China e sua percepção no mundo.
O comentário da Xinhua indicou que as habilidades de comunicação internacional dos meios chineses devem ser aperfeiçoadas para que as histórias chinesas sejam bem contadas.
De mesmo modo, os analistas disseram que a China deve amplificar sua voz para que a mensagem da nação se escute em exterior.
Como um exemplo de êxitos atingidos nesse respeito, mais de 700 matérias do Diário do Povo foram traduzidas a mais de 20 idiomas e publicadas nos principais meios de comunicação de influência internacional em 2016.
Também no ano passado, a Xinhua aumentou para 4,5 mil o número médio de suas reportagens diárias para o serviço no exterior, com mais de 100 editoriais sobre os assuntos internacionais publicados pelos principais meios de comunicação ocidentais.
Desenvolvimentos também foram atingidos na promoção das plataformas de redes sociais operadas pelos meios de comunicação chineses mais importantes.
As contas administradas pelo Diário do Povo chegaram a 35 milhões de seguidores, enquanto os números da Xinhua e da CCTV se localizaram em 23 milhões e 50 milhões, respectivamente.
Durante uma visita à divisão de multimídia da CCTV no domingo, o chefe do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh, Liu Qibao, incentivou os principais fornecedores de notícias a aperfeiçoar suas destrezas e promover a integração de multimídia, o que lhes ajudará a melhorar sua competitividade e expandir seu alcance.
"Os principais meios de comunicação estão respondendo (...) proativamente às opiniões imprecisas ou distorcidas dos meios ocidentais sobre a China", comentou Shi Anbin, professor de jornalismo e comunicação da Universidade Tsinghua.
Shi acrescentou que, devido aos esforços do ano passado, o padrão do trabalho jornalístico e de opinião pública da China se ajusta melhor à maior fortaleza e status internacional da nação.