Rússia viola tratado e lança novos mísseis de cruzeiro

Fonte: Xinhua    16.02.2017 09h18

Washington, 16 fev (Xinhua) -- A Rússia lançou um novo tipo de míssil de cruzeiro, violando um tratado de controle de armas com os EUA, informou o New York Times na terça-feira.

A mobilização de uma unidade totalmente operacional dos mísseis SSC-8 de nível intermediário lançados do solo representa um grande desafio para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para as relações entre os EUA e a Rússia, segundo reportagem.

Citando funcionários do governo dos EUA, o relatório afirmava que a Rússia já havia implantado dois batalhões do míssil de cruzeiro proibido, um ainda está localizado no local de teste de mísseis da Rússia em Kapustin Yar, no sul da Rússia, perto de Volgogrado, enquanto o outro foi deslocado de lá em dezembro para uma base de operação em outra parte do país.

A administração anterior de Obama acusou em 2014 que a Rússia tinha testado esse tipo de míssil violando um tratado de 1987.

Em 1987, o ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, e o então líder soviético Mikhail S. Gorbachev, assinaram o Tratado Intermediário de Forças Nucleares (INF), que proíbe mísseis balísticos de alcance intermediário com base em terra.

O governo Obama tentou persuadir Moscou a corrigir a violação enquanto o míssil ainda estava em fase de testes, mas os russos avançaram com o sistema, acrescentou o relatório.

A Rússia até agora não respondeu ao relatório do Times.

Apesar dos relatórios de inteligência norte-americanos de que a Rússia interveio nas eleições presidenciais dos EUA com atividades de invasão cibernética, Trump prometeu melhorar os laços com Moscou para que eles pudessem cooperar na luta contra o terrorismo.

O relatório veio quando Michael Flynn, o conselheiro de segurança nacional de Trump, renunciou na segunda-feira sobre sua polêmica conversa telefônica com o embaixador russo dos EUA Sergey Kislyak antes da posse de Trump em janeiro.

Flynn, discutiu as sanções dos EUA impostas à Rússia no final de dezembro pelo governo Obama, que teria indicado que o governo Trump mudaria suas políticas em relação a Moscou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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