Campbell Fraser, especialista australiano no combate ao tráfico internacional de órgãos.

“A China tem contribuído para o combate mundial ao tráfico de órgãos”, assim defende Campbell Fraser, especialista australiano da área, durante uma entrevista com a Rádio Internacional da China (CRI).

Fraser, juntamente com a Universidade Griffith de Brisbane, participou da Cúpula da Academia Pontifícia sobre o Tráfico de Órgãos e Turismo de Transplantes 2017.

Durante a Cúpula, Huang Jiefu, professor e chefe do Comitê Nacional de Doação e Transplante de Órgãos Humanos da China, afirmou que o país proibiu o uso de órgãos de prisioneiros executados para efeitos de transplante desde o início de 2015.

O especialista tem monitorado as tendências globais no tráfico de órgãos, ao longo de vários anos, e a sua investigação demonstra que os estrangeiros já não procuram a China para o efeito. Esta conclusão terá sido obtida após contacto com mais de 100 compradores, vendedores, intermediários e médicos.

“Estou convencido que as reformas na China são legítimas, e, por isso, acredito que a comunidade internacional deveria apoiar e encorajar a China nesta jornada, ao invés de dar ouvidos à propaganda política daqueles que querem barrar o seu progresso”, disse Fraser.

A China, não só está a resolver o problema dentro do seu território, como tem também dado apoio ao resto do mundo mundo na busca de soluções para erradicar esta questão, reforçou.

Em representação da China na Cúpula, Huang Jiefu propôs a criação de uma força de trabalho da Organização Mundial de Saúde com a missão de erradicar o tráfico de órgãos.

“A China é um país muito importante. Um líder global. Por isso, é crucial que seja um exemplo e contribua com soluções. Olhando para a China, podemos encontrar formas de resolver este problema no Egito, Paquistão, Índia e outros países”, concluiu.